2° Festival Itanhaense de Remada faz a festa do esporte no litoral de SP
Competidores de diversas modalidades de esportes aquáticos dão show durante o 2° Festival Itanhaense de Remada
Diferente do handsurf tradicional praticado nos mais diversos lugares do mundo, o handsurf de Alagoas é uma modalidade radical que nasceu na praia do Rainha, em Maceió, em meados de 1985.
Inclusive, esse esporte é apontado como único por diversas razões, dentre elas a prancha. Conhecida como palmar, a prancha alagoana possui alças em formato de “x”, o que favorece a execução de manobras inspiradas em outras modalidades.
Basicamente é como se o handsurf de Alagoas fosse um elo perdido do bodysurf, bodyboarding e surf. Por isso é tão comum ver os praticantes da modalidade realizando rasgada, aéreo, cutback, el rollo, parafuso e tantas outras manobras com maestria.
Parece até difícil de imaginar como os atletas conseguem performar tão bem fazendo uso apenas de nadadeiras e uma prancha na mão. Mas acredite, o esporte é sólido, vívido e com traços jamais vistos em outros lugares a não ser em Alagoas.
E mesmo sendo tudo isso, o sentimento era de que alguma coisa estava faltando para a modalidade decolar e ganhar mais força. A tal da cereja do bolo como falam, sabe? E ela veio no dia 12 de novembro de 2020, quando foi sancionada a lei de n° 6.998, em que 30 de março tornou-se oficial o “Dia Municipal do Handsurf” em Alagoas. Um marco no esporte que aconteceu sob a idealização do professor Helenilson Santos e do autor da lei, vereador Eduardo Canuto.
É claro que nada aconteceu da noite para o dia, pois desde o nascimento da Federação Alagoana de Handsurf, em 2006, Helenilson vem lutando em prol do reconhecimento do esporte por parte dos órgãos públicos.
Ao longo de 20 anos ele vem realizando campeonatos e eventos de handsurf, sendo que em 2019 ocorreu o Kpaloa Norte-Nordeste de Handsurf e Bodysurf, o maior evento em Alagoas até então reunindo duas grandes regiões do país.
Apesar de 2020 ter sido um ano difícil e muito parado para o esporte em geral, não apenas o handsurf, grandes feitos foram conduzidos nesse período.
Dentre eles o “Classic Online de Handsurf” e o “Mundial Online de Handsurf”, dois eventos virtuais que contaram com a participação de atletas de vários lugares do mundo.
O fato é que a criação e oficialização do “Dia Municipal do Handsurf” é um marco histórico de grande importância para o desenvolvimento e a cultura do esporte não apenas no estado de Alagoas, mas para o Brasil em si.
Certamente essa data comemorativa irá trazer mais visibilidade para o handsurf, pois precisamos valorizar um esporte genuinamente brasileiro, nordestino e radical.
Pois enquanto muitos procuram encontrar lá fora algo que não imaginam ter no Brasil, perdem a oportunidade de prestigiar um esporte belíssimo de berço alagoano.
Posso falar por mim, que de longe, através da internet, já me encantava pelo estilo de handsurf praticado em Alagoas. E que ao viajar e aprender com grandes atletas na praia do francês, senti o poder de atração dessa modalidade.
Inclusive até compartilhei sobre essa magnífica experiência em meu canal, alguns dias atrás, com intuito de estimular mais pessoas a conhecerem o esporte:
E assim o handsurf de Alagoas caminha chamando cada vez mais a atenção do mundo, já que estamos acostumados a observar uma linha de surf mais simples no handsurf tradicional. Mas que fique muito claro: nem melhor, nem pior. Apenas diferente… isso é o handsurf de Alagoas! Viva esse esporte espetacular!
Aloha!
Letícia Parada
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