Palco do Aloha Spirit Angra dos Reis, Praia do Anil tem balneabilidade aprovada
Palco do Aloha Spirit Angra dos Reis, a Praia do Anil, teve sua balneabilidade aprovada pelo Instituto ... leia mais
Na semana em que comemoramos o dia internacional da mulher, me peguei pensando na presença feminina no mar. Quando criei meu canal de bodysurf e handsurf no YouTube em 2019, decidi chamar de “Ela No Mar”.
Esse nome me veio à mente de forma rápida, natural e logo senti que era a opção mais condizente.
Os motivos que me levaram a essa escolha: o fato de eu ser uma mulher que ama e vive constantemente no mar e por eu querer inspirar outras mulheres a estarem nele também.
Claro que eu já tinha noção de que o “domínio” masculino no mar era algo muito real e que a quantidade de mulheres era bem pequena ao compararmos.
Justamente por isso me veio a instigação de mostrar cada vez mais a minha relação com o mar, fosse surfando de bodysurf, handsurf, remando, nadando… o objetivo era compartilhar essa paixão que sempre me fez tão bem.
O que eu não imaginava era que dois anos depois meu público cresceria e muito, principalmente no Instagram, e que perguntas vindas de homens se tornariam frequentes quase que diariamente.
Homens querendo aprender a surfar, homens pedindo dicas para evoluir, homens interagindo sobre equipamentos e melhores lugares para surfar… Se me perguntassem há 7 anos, que foi quando comecei a falar de bodysurf na internet, se eu imaginava estar nessa posição algum dia, eu diria que não.
Confesso que não me espanta saber que há uma quantidade enorme de homens que surfam ou que têm interesse em surfar.
Mas o que me surpreende são esses mesmos homens tirando suas dúvidas com uma mulher. Normalmente o típico cenário é composto por homens procurando ajuda de outros homens, principalmente quando estamos falando de esporte.
Querendo ou não isso é no mínimo curioso. E no mar sinto falta de ver outras mulheres compartilhando o line up, botando pra baixo e pra valer. Onde elas estão?
Geralmente sou a única em meio a muitos surfistas de prancha. Mas isso é algo que vai mudar com certeza, pois pouco a pouco as mulheres estão descobrindo o quão o mar e o surfe são capazes de recarregar nossas energias mesmo quando estamos cansadas da sessão que acabamos de fazer.
Então nessa semana onde é comemorado mundialmente o dia da mulher, a única coisa que peço é respeito a todas nós e isso não se restringe ao mar não, viu?
Não se limita a não rabear as mulheres, a não intimidá-las de alguma forma ou outra atitude bizarra. Trata-se de respeito além-mar. No dia a dia é preciso que exista um respeito verdadeiro, pois todos somos iguais, dentro e fora do ambiente salgado.
Aloha!
Letícia Parada
Conheça o canal de Letícia Parada no YouTube: Ela No Mar.