Há 20 anos, em Hilo, o Brasil fazia sua estreia Mundiais de Va’a Velocidade
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Até 2018, a neozelandesa Annabel Anderson era o nome a ser batido no stand up paddle. Todas as competições mais importantes do mundo foram vencidas por ela, ao longo de quase uma década de reinado.
Contudo, uma série de lesões obrigaram a supercampeã de SUP Race a desacelerar e repensar sua relação com o esporte, a competição e seu corpo.
Buscando uma nova significação para sua carreira e objetivos de vida, Annabel partiu para a Polinésia Francesa. Lá, encontrou o mexicano Fernando Stalla, outro atleta da elite do SUP mundial que se mudou para o Taiti após se casar. A dupla então decide explorar a ilha, incluindo um dos maiores destinos de surf do mundo: Teahupo’o.
A rica cultura polinésia e a paisagem majestosa foram o cenário perfeito para o reencontro de Annabel Anderson com o mundo das águas: surf, va’a, hydrofoil e stand up paddle. Estar na água se exercitando estava trazendo de volta uma sensação de bem-estar.
“Senti o fogo acendendo novamente dentro de mim, e veio a vontade de explorar mais”, conta a remadora.
Annabel, então, embarcou em uma viagem de três dias a bordo Aranui 5, um navio híbrido (cargueiro/ passageiro) a caminho das Ilhas Marquesas, as mais remotas ilhas da Polinésia Francesa e de onde, acredita-se, partiram os povos originários do Havaí, Ilha de Páscoa e Nova Zelândia, sua terra natal.
Essas ilhas, também conhecidas como “A Terra dos Homens”, são ricas em cultura aquática, história, vida selvagem e abrigam uma longa linhagem de homens da água.
Nas Marquesas, Annabel se reconecta com o amor pelo esporte que inicialmente a levou a competir. Mas, acima de tudo, nas Marquesas ela percebeu o valor da “Arte do Brincar”.
Por isso, “The Art of Play” (a arte de brincar) é o nome do curta metragem que narra a reconexão de Annabel com os water sports.
A produção, com pouco mais de seis minutos de duração, é fruto de uma parceria com a produtora 360 Media Ventures e apresenta imagens de tirar o fôlego e momentos de pura magia vividos pela remadora ao longo de sua redenção, enquanto mergulha cada vez mais fundo na cultura polinésia. Confira:
Sobre o retorno às competições, a multicampeã parece mais inclinada a agora ajudar a formar novos campões, transmitindo seus conhecimentos através de clínicas pelo mundo e cursos on-line. Ainda assim, talvez não seja errado acreditar que poderemos vê-la de volta em alguma competição de alto nível.