Brasil fica com o vice-campeonato dos Jogos Pan-Americanos de Surfe e SUP
Atletas do Brasil garantem a prata no ranking das nações com medalhas de Luiz Diniz, Caio Vaz, Nicole ... leia mais
A Te Aito 2024 coroou seus novos campeões no último sábado, 08 de junho. Iloha Eychenne e Revi Thon Sing se destacaram entre os melhores, conquistando vitórias na categoria Open. A competição teve a participação expressiva de remadores brasileiros em todas as categorias.
Entre os veteranos da categoria Master, Georges Cronsteadt saiu vitorioso. Nos juniores, Raihiti Marere e Mihinoa Paari foram os campeões. Na categoria sub-16, Raiheva Marere venceu entre as meninas, enquanto Chance Tavita conquistou o primeiro lugar entre os meninos.
A competição começou logo cedo, às 7h30 (horário local), com as disputas das categorias juniores e Master masculino (40 e 50 anos), seguidas pela categoria Open feminino. As condições climáticas estavam amenas, com pouco vento e, consequentemente pouco downwind. Nessa rodada, todas as categorias competiram em percursos de 16 km.
Fazendo jus à reputação de melhor remadora de V1 da atualidade, Iloha Eychenne manteve seu domínio na categoria feminina ao vencer pela terceira vez consecutiva a Te Aito. Ela completou o percurso de 16 quilômetros com mais de cinco minutos de vantagem sobre a segunda colocada. “Quando estou competindo, nem olho para trás. Me concentro em surfar nas ondas, manter a velocidade e ficar atenta“, descreveu Iloha. Durante a entrevista concedida após a vitória, a Taitiana declarou que o sucesso é resultado de uma combinação de “preparação física e mental, alimentação e técnica“.
“É um prazer compartilhar essa experiência com todos“, concluiu a campeã, destacando a importância de se divertir na água enquanto treina para o campeonato mundial.
Com cinco medalhas nos últimos Jogos do Pacífico (a versão da Oceania para os Jogos Pan-Americanos), Iloha dedicou sua vitória “a todas as mulheres”. Ela enfatizou a necessidade de aumentar a competitividade na canoagem feminina e agradeceu a todos que a apoiam.
Em um resultado histórico para o Brasil, Luana Vittorazzo comemorou a sétima colocação na prova: “Aprendi muito! E apesar fazer uma largada ruim (ela pesou num buraco, perdendo o equilíbrio e muitas colocações na largada), consegui me recuperar durante a prova, atravessando pelotões inteiros e mais de 20 remadoras. Estou muito feliz com o resultado”, declarou a brasileira em conversa via whatsapp, revelando em primeiramão que recebeu um convite para participar de uma equipe taitiana da Vodafone Race, que será realizada na próxima semana, na Polinésia Francesa.
Entre os veteranos da categoria Master, que teve o maior número de competidores entre todas as divisões do evento, Georges Cronsteadt saiu-se vitorioso, sendo o primeiro máster a concluir a prova. Paulão foi o primeiro estrangeiro na Master 40, ficando com a 15º colocação.
Paulo dos Reis chegou a disputar as primeiras posições da prova e contornou a primeira boia na quinta colocação. Contudo, no percurso de downwind teve a popa de sua V1 atingida por outra canoa e acabou perdendo o curso, sendo ultrapassado por diversos concorrentes nesse momento, fazendo então uma prova recuperação em seguida. Leonardo Monte, outro brasileiro que disputava a categoria finalizou sua participação em 50º colocação.
Na Mater 50, o título ficou com o taitiano Varuahi Rauhiri e o melhor brasileiro na prova foi Marcelo Bosi, chegando em 16º. Também na Master 50 Carlos Chinês foi o 22º e Lo Lorang 61º.
Na categoria sub-16, Raiheva Marere venceu entre as meninas, enquanto Chance Tavita conquistou o primeiro lugar entre os meninos.
*Atualizado em 11/06/2024
Às 13h, foi a vez dos remadores da Open Masculina enfrentarem um percurso desafiador de 24 quilômetros. Mesmo sem a presença de ícones da V1 taitiana, como Steeve Teihotaata e Kevin Ceran Jerusalemy, a prova foi de nível altíssimo e acirrada desde o início, com Brice Punuataahitua, determinado a defender sua liderança, e outros competidores como Manutea Millon, Sly Lysao e Kyle Taraufau se revezando na ponta.
Na volta da bóia de Pointe Vénus, Revi Thon Sing assumiu a liderança e, pela primeira vez, cruzou a linha de chegada em primeiro lugar. “Costumo desistir a vinte minutos do fim, mas hoje, finalmente, consegui terminar forte“, declarou Revi, satisfeito com seu desempenho. Kyle Taraufau, apesar de sua excelente forma, não conseguiu acompanhar Revi e ficou com o segundo lugar, com Brice Punuataahitua fechando o pódio na terceira colocação.
*ATUALIZAÇÃO: Quatro brasileiros participaram do desafio: Robert Almeida, Felipe Mazur, Pedro Weichert e Gustavo Alvarenga. Após a prova, a organização da Te Aito não divulgou os resultados gerais da Open Masculino, somente dos finalistas, e ficamos na expectativa sobre a colocação de Robert, uma vez que, acompanhando a transmissão da prova e conversando com os competidores, havia a expectativa de uma posição entre os 30 primeiros colocados.
No final do dia da segunda-feira (10) no Taiti (madrugada de terça-feira no Brasil), a Te Aito finalmente liberou os resultados oficiais da prova e a confirmação de que Robert Almeida finalizou o desafio na 36ª colocação, entre os 150 competidores da Open, fazendo o melhor resultado de um brasileiro junto à elite taitiana, na história da competição. Além disso, com o resultado, Robert garantiu sua classiricação para competir na Super Aito, prova exclusiva à “nata” da V1 mundial.
Gustavo Alvarenga foi o segundo brasileiro na categoria, cruzando a linha de chegada em 111º lugar, com Felipe Mazur logo atrás, em 115º. Já Pedrinho Weichert, que também vinha bem na disputa, precisou abandonar a prova após danificar sua canoa após ser atingida por outra V1.
No próximo fim de semana será a vez das equipes de V6 entrarem em ação com a aguarda Vodafone Race.