Simpósio Carioca de Canoa Polinésia fortalece a cultura do va’a

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Simpósio Carioca de Canoa Polinésia
Da esq. para dir., Marta Terra, Henrique Vogel, Guilherme Borrajo e Carlos ‘Chinês’ durante uma das mesas redondas que rolaram no evento. Foto: Reprodução

O Rio de Janeiro mantendo sua tradição como um dos polos nacionais de pioneirismo da canoagem nascida no Triângulo Polinésio, foi palco do primeiro Simpósio de Canoa Polinésia. O evento ocorreu nos dias 5 e 6 de outubro nas instalações do Hotel B&B em Ipanema e também nas areias da praia de Copacabana.

A abertura oficial Simpósio Carioca de Canoa Polinésia se deu com as palavras do presidente da Confederação Brasileira de Va’a, Fagner Magalhães, seguida pela programação do evento, que trouxe dois workshops com os Top 4 do mundo, Carlos Chinês e Henrique Vogel, cuja densidade do conteúdo técnico oferecido foi repetidamente elogiado pelos participantes das clínicas.

Os dois campeões também participaram, junto com a campeã sul-americana, Marta Terra, e o campeão mundial de Parava’a, Guilherme Borrajo, de uma mesa redonda sobre o Brasil no cenário competitivo internacional.

O programa ofereceu também a palestra Treinamento de Alta Intensidade Aplicada ao Va’a ministrada pelo prof. dr. Marcelo Esquilo e uma mesa redonda formada por alguns dos pioneiros da modalidade no Brasil, dois deles responsáveis por trazer a primeira canoa para nosso país no ano 2000, considerada o ponto alto do simpósio.

Rodada com pioneiros do va’a brasileiro

Nicolas Bourlon (Rio Va'a), Marcelo Depardo (Carioca Va'a), Clóvis Bordini (Praia Vermelha Va'a) durante o simpósio carioca de canoa polinésia
Nicolas Bourlon (Rio Va’a), Marcelo Depardo (Carioca Va’a), Clóvis Bordini (Praia Vermelha Va’a). Foto: Reprodução

O mediador da mesa, prof. dr. Ronaldo Mota, membro da Academia Brasileira de Educação, teve a responsabilidade de dirigir este momento histórico. Sérgio Koeningsfeld, Clóvis Bordini, Nicolas Bourlon, Rogério Martins, Marcelo Depardo e Ronald Zander (Via Skype) protagonizaram um momento de grande emoção trazendo à assembleia detalhes sobre as primeiras remadas de va’a em águas brasileiras.

Sérgio e Ronald fazem parte do grupo de remadores responsáveis pela importação da primeira canoa polinésia (Lanakila) para nosso país e foram fundadores do primeiro clube nacional (Outrigger Rio Clube), falaram da alegria que sentiam testemunhando o crescimento da modalidade em todo o país.

O grande legado do que fizemos lá atrás, é mostrar que todos são capazes de fazer a diferença, isso é o que realmente importa.” Disse Ronald Zander demonstrando contentamento sobre o desdobramento positivo que a importação da Lanakila deixou.

Oficinas técnicas durante o simpósio carioca de canoa polinésia.
Oficinas técnicas e remadões também fizeram parte do simpósio. Foto: reprodução

Um momento marcante desse encontro ocorreu quando a campeã Marta Terra pediu a palavra para agradecer publicamente o que esse grupo pioneiro fez por todos os remadores que hoje praticam a modalidade. “Vocês são responsáveis por uma mudança na minha vida, tudo que vivi neste esporte só foi possível devido ao esforço de vocês no passado. Muito obrigada“, disse Marta sem conter as lágrimas.

O projeto de criação de uma mesa redonda reunindo alguns dos pioneiros no país partiu de uma pesquisa do Instituto de Educação Física da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde Marcelo Esquilo (prof. orientador) e Karine Aragão (graduanda) decidiram investigar as matrizes da canoa polinésia no Rio de Janeiro.

Além de todo o conhecimento gerado nos dois dias do simpósio, os participantes se reuniram para remadas comandadas pelos campeões Carlos Henrique Vogel e Carlos Chinês pelas águas de Copacabana e Ipanema em um dia de sol carioca.

Galeria de imagens do Simpósio Carioca de Canoa Polinésia

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