
Volta ao Lago VAA 2025 reúne 347 remadores em Brasília
Realizada em Brasília, segunda edição da Volta ao Lago VAA reúne 347 atletas em prova épica no Lago Paranoá
Shell Va’a, a famosa equipe da concha amarela, mais uma vez mostrou sua força ao vencer de forma impressionante a segunda edição da Vodafone Channel Race.
A competição de V6, considerada a mais dura do mundo, foi realizada no último sábado, 19 de junho, nas águas da Polinésia Francesa.
Liderando a disputa do início ao fim, a equipe comandada e treinada por David Tepava completou a corrida de 85 km entre Taaone, Pointe Vénus, Temae, Taapuna e o retorno à praia de Taaone, em pouco mais de seis horas.
Não bastasse a distância de 85 km e a forte corrente oceânica, os competidores da Vodafone Channel Race ainda tiveram que lidar com momentos de forte chuva e vento leste-nordeste, atingindo as canoas na lateral durante boa parte da prova.
Mesmo assim, a famosa V6 amarela, conduzida por Ritchy Labbeyi, Charles Teinauri, Taaroa Dubois, Narai Atger, Brice Punuataahitua e David Tepava ao leme, assumiu a liderança desde a largada, em Taaone, no Taiti, e se manteve assim por toda a prova.
Atrás da equipe das conchas, um pelotão liderado em particular pelas equipes OPT, Manihi Va’a e Paddling Connection.
Enquanto isso, a Shell Va’a na liderança, aumentava sua distância das demais equipes de maneira impressionante.
No entanto, na altura de Pointe Vénus, ainda costeando a ilha do Taiti, a diferença entre a Shell Va’a e o pelotão de elite diminuiu para pouco mais de um minuto. Diferença essa que iria aumentar a partir do momento em que as equipes começaram a travessia do canal rumo à ilha de Moorea.
Nas ondulações do canal, mais uma vez a Shell Va’a demonstrou sua extraordinária habilidade de surfe, valendo-se das vagas oceânicas para “voar baixo” em direção a Temae Point.
“Quando começamos a surfar, a tática era claramente aumentar a diferença sobre os outros. E quando você tem David Tepava como leme, é uma alegria remar nessas condições”, disse Charles Teinauri, durante entrevista ao vivo, após concluir prova.
Nesse ritmo, após mais de três horas de esforço, Shell Va’a completou a primeira metade da disputa.
A equipe OPT assumiu a segunda colocação, com quase cinco minutos de diferença e seguida de perto por Manihi Va’a, Pirae Va’a, Hinaraurea e Paddling Connection.
Na volta para a ilha do Taiti, a maioria das equipes realizou a troca de remadores (no caso da Sênior / Elite, eram permitidas no máximo três trocas).
Mas a Shell Va’a, contudo, só realizou duas trocas. A terceira e última só seria feita quando restavam apenas cinco quilômetros.
Albert Moux, 76 anos e presidente do clube, foi homenageado pelos remadores e recebeu o convite para entrar na canoa na reta final da prova, e assim, com um convidado de honra à bordo, a lendária equipe das conchas cruzou a linha de chegada após 6:07:29 de prova.
“Não é uma corrida fácil. Trabalhamos duro todos os dias no treinamento para chegar a este nível“, disse David Tepava após a corrida.
E se a Shell Va’a parece ter disputado uma “prova paralela”, as equipes do pelotão de elite travaram uma emocionante batalha pela segunda colocação, com as equipes OPT, Paddling Connection, Pirae Va’a e Manihi Va’a levantando a torcida na reta final da prova.
Porém, a Manihi Va’a, com reforços de peso como Paia Tamaitiatahio e Manutea Millon em seu time, foi quem levou a melhor sobre seus concorrentes.
“Estávamos em quinto lugar até a altura de Taapuna. Os caras estavam se sentindo um pouco tristes, mas eu disse a eles que a corrida ainda era longa e que ainda podíamos ficar em segundo lugar“, disse Teraitua Hugon, técnico e presidente da Manihi Va’a, vice-campeã da prova.
Atrás de Manihi Va’a, a Paddling Connection completou o pódio desta terceira edição da Vodafone Channel Race na terceira colocação.
Os três primeiros colocados receberam 30.000, 20.000 e 10.000 francos polinésios (Fcfp), o equivalente a 15.000, 10.000 e 5.000, em reais brasileiros, respectivamente.