
Participação de brasileiros na Te Aito é tema do Aloha Spirit Tv dessa quinta
Remadores brasileiros que participarão da Te Aito 2023, no Taiti, participam do programa Aloha Sprit Tv ... leia mais
Remadores de Niterói reagiram com fortes críticas à matéria publicada na manhã desta sexta-feira por nosso portal, a respeito de uma reportagem exibida pela Band News. A emissora esteve na praia de Charitas para ouvir frequentadores que demonstraram preocupação com segurança no mar, devido à suposta ausência de coletes salva-vidas entre remadores de clubes de va’a.
A matéria da Band News não foi a única a abordar o tema. O portal A Seguir Niterói também publicou recentemente uma reportagem destacando o resgate de 75 praticantes de stand up paddle na semana passada, no Rio de Janeiro, onde aponta para uma necessidade de regulamentação de atividades envolvendo atividades coletivas de SUP e a canoa havaiana. Outros veículos da região também vêm discutindo o tema, em especial após o naufrágio de três canoas OC6 no início do mês em Niterói.
Entre as críticas à nossa reportagem, destacou-se a do presidente da Associação Niteroiense de Va’a (Anva’a), Bruno Campbell, que, em um grupo de WhatsApp, classificou a publicação como “sem benefício algum para a va’a”. Outros remadores locais acompanharam o tom, acusando o conteúdo de “sensacionalismo” e criticando o que chamaram de “temática infeliz”.
A reação chamou minha atenção, especialmente porque em nenhum momento a reportagem questiona a competência da Anva’a – e reconheço o importante trabalho que a associação vem desempenhando na promoção e organização do esporte na cidade. Além disso, ainda que a situação em Niterói tenha sido usada como ponto de partida, o texto aponta que desafios semelhantes se repetem em diversas regiões do país. Inclusive, aproveito para recomendar a leitura do excelente artigo assinado por Alfredo Pirajib, que aprofunda esse debate.
Contudo, passado o calor das reações, acredito que dois pontos, de fato, merecem uma autocrítica: primeiro, o título da matéria, que usava o termo “denúncia”, acabou se revelando excessivo e, por isso, foi reformulado. Segundo, reconheço que deveria ter incluído o posicionamento da Anva’a sobre o tema, algo que teria enriquecido a matéria e oferecido à associação a oportunidade de apresentar as iniciativas que tem desenvolvido em prol de uma prática mais segura da va’a.
Em conversas privadas com remadores de Niterói, fui informado de que há, de fato, uma crescente preocupação do poder público com o aumento expressivo de clubes na região — hoje, mais de 50. Há também uma pressão sobre a Anva’a, que, diante desse cenário, convocou uma reunião entre os clubes filiados para discutir soluções e encaminhamentos, o que é uma excelente notícia.
Reforço que a reportagem não tem a intenção de apontar culpados, mas sim de estimular o debate sobre segurança, antes que eventuais medidas mais rígidas — vindas, por exemplo, da Marinha ou de órgãos reguladores — venham a restringir a liberdade e a expansão do esporte.
ESPAÇO ABERTO – Por fim, reitero que o espaço está aberto para que o presidente Bruno Campbell ou qualquer outro representante da Anva’a possa se manifestar, seja por aqui, seja em nosso canal no YouTube. O diálogo é essencial para o fortalecimento do esporte que todos nós queremos ver crescer com responsabilidade.