
Turista morre afogada após cair de prancha de stand up paddle no Ceará
Uma turista de Santa Catarina morreu afogada após cair de uma prancha de stand up paddle durante passeio ... leia mais
Operando às margens do no Lago Paranoá, em Brasília (DF), Filhos da Nação é um projeto social que utiliza a canoa polinésia e o stand up paddle para transformar a vida de crianças e adolescentes que aguardam o processo de adoção. São meninas e meninos com idade entre seis e 18 anos incompletos que integram o Cadastro Nacional de Adoção e Acolhimento e lidam com as incertezas em relação ao futuro. Vivem com a expectativa de ser ou não reintegrados à família biológica, adotados por outra família ou se ficarão nas instituições de acolhimento, até atingir a maioridade, sem ver o sonho de ter um lar realizado.
A psicoterapeuta Gabriela Speziali, fundadora do projeto Filhos da Nação, explica que as possibilidades que surgem com a “SUPTerapia” e a “CANOATerapia” são resultado de uma parceria entre o negócio social OndaSup e a Vara da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. O acolhimento das crianças na prática esportiva é realizado junto com o seu marido, Tiago Souza, mergulhador profissional e atleta de canoagem e stand up paddle. O casal conta com o apoio de voluntários no transporte das crianças, nas aulas e no lanche pós treino.
Quando entram na canoa para remar em equipe ou quando praticam o SUP, acompanhados por instrutores voluntários do projeto, essas crianças e adolescentes se sentem acolhidos e pertencentes à família do esporte, o que contribui para que elas resgatem a autoconfiança e a autoestima e lidem melhor com a própria realidade. Isso resulta numa melhor concentração na escola, socialização com pessoas diferentes e o resgate da capacidade de sonhar e de acreditar em um futuro promissor.
Os resultados são potencializados porque a prática esportiva é combinada à psicoterapia junguiana. Com este tipo de abordagem, de forma simbólica, os pequenos e jovens atletas encontram espaço para se expressar, trabalhar questões emocionais em um consultório a céu aberto, ressignificar e transformar emoções.
Desde 2017 o projeto acontece no Lago Paranoá com crianças e jovens de Brasília, de várias regiões administrativas e também do entorno do Distrito Federal, que vivem em abrigos e que lidam com uma realidade dura, muitas vezes marcada por abandono, ou maus tratos, ou violência física, psicológica e/ou sexual.
IMPACTO POSITIVO – Em 2023, Gabriela mediu o impacto da ação junto às crianças e aos adolescentes que participam do projeto. Em janeiro daquele ano, 71,42% dos respondentes não tinham nenhuma expectativa em relação ao futuro. Em dezembro do mesmo ano, apenas 7,14% tinham pouca expectativa em relação ao futuro, 64,27% tinham alguma ou boa expectativa e 28,57% das crianças e adolescentes tinham uma excelente expectativa em relação ao futuro. A pesquisa foi realizada com a participação de técnicos das instituições públicas envolvidas com a iniciativa e confirmou o resultado positivo da prática esportiva na vida das crianças e adolescentes.
De acordo com o Cadastro Nacional de Adoção e Acolhimento, cerca de 32 mil crianças e adolescentes, no Brasil, que estiveram em situação de abandono, ou de negligência, ou sofreram algum tipo de violência ou de abuso, vivem atualmente em serviços de proteção.
Nos últimos sete anos, 100 crianças e adolescentes foram diretamente atendidos na ação e 400 pessoas foram impactadas pelo projeto Filhos da Nação, que é realizado pela OndaSup e tem a gestão compartilhada com a Associação Brasil Melhor (ABM), organização social criada em 2005. A prática esportiva acontece aos sábados na Ascade, no Setor de Clubes Sul.
Para Saber mais sobre o projeto Filhos da Nação acesse: filhosdanacao.com.br.