POAVA’A/ SAVA faz sua estreia no Desafio Volta à Ilha de Santo Amaro

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POAVA’A/SAVA se prepara para a estreia no Desafio Volta a Ilha de Santo Amaro. Foto: reprodução.

A POAVA’A/SAVA Clube, escola de canoagem da Sociedade Amigos da Vila Assunção, fará história representando o Estado pela primeira vez na Volta à Ilha de Santo Amaro, desafio que chega à 15ª. edição em março e cujo percurso totaliza 75 quilômetros, na modalidade de revezamento, em canoas havaianas. A equipe gaúcha disputa na categoria Open Masculina, e reúne 11 atletas, entre tripulação e apoio. A largada da prova será nas águas de Santos, de onde as embarcações seguirão circunavegando pela ilha de Guarujá, passando por Bertioga e retornando a Santos.

O trajeto, mais extenso de mundo em competições desse esporte, contempla mar aberto (cerca de 40 quilômetros), canal de mangue e o movimentado canal do Porto de Santos, devendo ser totalizado entre seis e nove horas. Cada canoa havaiana, com 14 metros de comprimento e pesando 160 quilos, comporta seis remadores; na Volta à Ilha o revezamento poderá ocorrer em intervalos de 10 até 30 minutos, quando três deles serão substituídos, em movimento, por atletas que ficam aguardando na embarcação de apoio, usada como base para que os competidores possam descansar e recuperar forças.

Além de preparo físico, estratégia e foco, o esporte demanda forte espírito de equipe, de superação, e total sincronia para remar de forma perfeitamente cadenciada, mantendo a mesma velocidade e força. Dentro da canoa, o remador de cada posição tem um papel específico: desde ditar o ritmo, até ordenar as trocas de lado da remada ou dar direção à embarcação.

A equipe POAVA’A reúne atletas com idades que variam dos 34 aos 62 anos, oriundos de diversas profissões. A preparação para o desafio inclui remadas diárias por longas distâncias, complementadas com treinamento funcional e musculação. O grupo também recebe orientação de especialistas sobre técnicas de remada, estratégias de navegação e salvatagem, nutrição e as avaliações médicas necessárias antes da prova.

Finalmente, um trabalho de coaching vem sendo desenvolvido junto aos remadores para a definição de objetivos, geração de consensos e elaboração de planos de ação. Integram o grupo Glauco Schultz, Erisson dos Santos, Igor Monteiro, Nilton Marcon, Ubiratan Guedes, Petrônio Capparelli, Alex Medeiros, Leandro Sabadin, Claiton Eduardo Luiz, Juan Diego Ortiz e Sandra Valente.

Nesta edição do evento são 33 equipes inscritas, com atletas de vários estados, além do Chile, Argentina e Estados Unidos, nas categorias Feminina Open, Masculina Open, Mista Open e Master 40 e 50. Idealizada pelo pioneiro em canoa havaiana no Brasil, Fábio Paiva, e organizada pela Canoa Brasil e Opium Hightec Line, a prova é a única da modalidade que, desde a primeira edição, desenvolve paralelamente um projeto solidário, trocando os kits de participação por doações de alimentos para entidades assistenciais. O Brasil conta com aproximadamente 100 bases de canoa polinésia, totalizando mais de 200 canoas.

Acompanhando o crescimento do esporte, o Rio Grande do Sul tem três bases e quatro canoas OC6, sendo que duas delas estão na base POAVA’A/SAVA Clube, além de uma canoa V6 (taitiana).

O Esporte – A modalidade Canoa Polinésia/ Havaiana (também conhecida VA’A, Wa’a ou Waka), surgiu na Polinésia, há mais de três mil anos, com a necessidade de colonizar terras na região e como meio de transporte entre as ilhas do Oceano Pacífico. Essas embarcações, que se diferenciam de outros modelos em design e performance, hoje têm competições e confederação próprias – Confederação Brasileira de Va’a (CBVAA).

Ganho de força muscular, concentração e capacidade cardiorrespiratória; gasto calórico e outros benefícios físicos somam-se, na prática do esporte, à contemplação da natureza, relaxamento, espírito de integração e trabalho em equipe.

Outra vantagem é a possibilidade de conhecer lugares diversos e vislumbrar a paisagem, seja urbana (como na costa do Guaiba) ou em meio à natureza, por perspectivas completamente novas. De acordo com o coordenador da equipe, Glauco Schultz, “remar em canoa havaiana é uma forma de se desligar da correria do dia a dia, um modo diferente e prazeroso de realizar uma “meditação”: em movimento nas águas. É um esporte democrático, que depende do companheirismo e do respeito às diferenças para que o deslocamento da embarcação ocorra”.

A Escola POAVA’A/SAVA Clube – Inaugurada em agosto de 2017 na Sociedade Amigos da Vila Assunção (Av. Guaiba, 4127), a Escola oferece, além da Canoa Havaiana e Taitiana, modalidades como Surfski, Caiaque e Stand Up Paddle.

As aulas são abertas ao público, realizadas nas terças e quintas às 7h e às 19h, além de horários alternativos agendados previamente e passeios nos finais de semana. São disponibilizados os equipamentos esportivos e coletes salva-vidas. Não há limitação de idade ou peso para a prática do esporte. Alunos regulares têm acompanhamento com educador físico e orientações de nutricionista, além de oficinas sobre técnica de remada, fisiologia do esporte e navegação.

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