Piratas e “Titanic Brasileiro” entre as lendas que cercam a raia da Volta de Ilhabela

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Percurso da “Volta de Ilhabela – Conquista da Coroa” é repleto de lendas e histórias que povoam a imaginação dos amantes dos esportes náuticos. Terceira edição da prova de canoa havaiana OC6 será realizada no dia 1º de dezembro

A terceira edição da Volta de Ilhabela será realizada dia 1º de dezembro. Foto: Maristela Collucci

A região oceânica no entorno da Ilhabela é cercada de mistérios, sendo conhecida como o Triângulo das Bermudas brasileiro, porque vários navios naufragaram por ali em situações misteriosas. Atualmente elas são atrações turísticas e farão parte do percurso desafiador da terceira edição da Volta de Ilhabela – Conquista da Coroa, marcada para o dia primeiro de dezembro.

O principal naufrágio foi o do Príncipe das Astúrias, de bandeira espanhola, que é até hoje o maior de um navio com passageiros na costa do Brasil. Ele ficou conhecido como “Titanic Brasileiro”, por ter tido um destino semelhante ao do navio britânico, que afundou dois anos antes no Atlântico Norte, e pela coincidência de as duas embarcações terem sido construídas no mesmo estaleiro, em Glasgow, na Escócia.

A viagem do Príncipe das Astúrias teve início em Barcelona com destino a Buenos Aires. Segundo a versão oficial, chovia forte e havia muita neblina no dia 06 de março de 1916, o que impediu o comandante de enxergar os rochedos da ponta da Pirabura. O navio bateu na única laje submersa no local, a poucos metros da terra, abrindo um enorme rasgo de 44 metros no casco.

Oficialmente, 654 pessoas estavam a bordo, embora existam versões de que mais de 800 imigrantes clandestinos estavam nos porões, fugindo da Primeira Guerra Mundial. Após a batida, o navio foi sugado pelo oceano em menos de cinco minutos, as caldeiras explodiram e não houve tempo para um pedido de socorro.

Destroços de navios naufragados são atrações para mergulhares. Foto: Reprodução

É uma história que ninguém sabe explicar direito, cercada de mistérios. Diversas personalidades já vieram mergulhar para ver de perto. Dizem que existe um tesouro submerso, mas em mais de 100 anos ninguém conseguiu localizar. Na Volta de Ilhabela, as equipes vão remar por cima destes destroços, que são parte das lendas da Ilhabela“, conta Marcos Möller, organizador da prova.

PIRATAS

Ao longo de pelo menos 300 anos, entre a metade do século XVI e o final do século XIX, Ilhabela foi um paraíso tropical para piratas ávidos por ataques a embarcações e povoados do litoral paulista.

A base das operações era a Baía de Castelhanos, particularmente o Saco do Sombrio, onde faziam tudo às escondidas, pois o local é praticamente invisível devido às altas montanhas que o cercam. Esta região, repleta de histórica náutica, também fará parte do percurso desafiador da prova.

A  2018 será realizada no dia 1º de dezembro, com largada prevista para às 6h na praia de Itaquanduba. Os 90 km deverão ser percorridos por equipes de 12 pessoas, que se revezarão nas canoas havaianas OC6. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas em: voltadeilhabela.com.br

Sobre a prova: A Volta de Ilhabela – Conquista da Coroa é uma realização Marina Porto Ilhabela e Paddle Club, com patrocínio da Prefeitura de Ilhabela.

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