SUP Gigante: Diversão entre amigos na Nova Zelândia
Um grupo de amigos, um SUP gigante e muita diversão no país oficial dos esportes de aventura, a Nova Zelândia
‘Coragem’, a OC4 que irá percorrer toda a costa brasileira concluiu no domingo (23) a primeira parte de sua jornada. Raysa Ribeiro e mais quatro tripulantes da canoa havaiana desembarcaram em Belém, na capital do Pará, após percorrerem 545 quilômetros desde Macapá, no Amapá.
No primeiro trajeto, que durou nove dias, a tripulação foi composta por Admilson Santos, Igor Fletcher e Tatiane Ximenes. De Breves a Belém, numa rota mais extensa, de 291 km, foram mais oito dias. Admilson seguiu na equipe, que foi incrementada por Danielle Bernardes e Davidson Sodré. A remadora Aline Ribeiro se voluntariou para revezar com os outros três a partir de São João da Boa Vista. O remador que não estava na canoa ficava no barco de apoio, que os acompanhou durante os 545 quilômetros.
Para Raysa, o trecho final foi mais desafiador devido a maior incidência de vento e maresia, além da força do encontro das águas do Rio Tocantins com o Rio Pará.
“As dificuldades que passamos foram mais relacionadas ao desgaste físico em si. Remamos por volta de 30 a 40 kms todos os dias. Tivemos o privilégio de contar com uma remadora sobressalente no último trecho, o que deu a possibilidade de nos revezarmos eventualmente. Isso ajudou a aumentar a quantidade de kms diários. Esse trecho final também foi mais desafiador pois estávamos navegando em uma margem mais exposta da Ilha, com mais incidência de vento e maresia, além disso, também fizemos a travessia da baía do Marajó até o continente. Travessia muito respeitada pela força do encontro das águas do Rio Tocantins com o Rio Pará“, destacou.
“Saíamos bem cedo, junto com o nascer do sol, e ainda assim ventava bastante e as águas se mexiam com força. Foi um momento de bastante concentração, e de muita alegria ao chegar do outro lado da margem“, completou.
A remadora de Niterói também descreveu a felicidade de ter sido recepcionada por alunas de um clube náutico, “com muita festa e animação”. De acordo com ela, foi a primeira vez que uma canoa polinésia cruzou os estados do Pará e Amapá desde que o esporte chegou no Brasil, nos anos 2000.
“A chegada em Belém no dia seguinte foi maravilhosa! Fomos recepcionados pelas alunas da escola Ubá Clube Naútico com muita festa, lanche, decoração e muita animação. Encerrar essa fase 1ª da expedição do Va’a pelo litoral foi muito marcante pra mim. Despertamos muitos olhares curiosos dos ribeirinhos Marajoaras, pudemos fazer muitas integrações legais, além de termos sido muito bem recepcionados! Eu estou encantada com o estado do Pará e o acolhimento desse povo“, ressaltou”.
Antes de partir rumo a próxima etapa, com destino a Bragança, na outra extremidade do litoral paraense, num trecho de mais ou menos 500 km, a remadora vai se restabelecer física, econômica e psicologicamente. A expectativa é seguir sua viagem daqui a 20 dias. A partir de agora, ela afirma que não precisará mais do barco de apoio, o que vai reduzir os custos da operação.
“Vou aproveitar esse tempo para digerir toda essa experiência, descansar o corpo, organizar as imagens que fizemos, divulgar toda essa vivência nas páginas do Instagram e do Youtube, além de reestruturar a próxima fase do projeto. Em Bragança também será o lugar onde vou fazer uma nova pausa para estruturar a região Nordeste de acordo com as novas experiências que surgirem. Não pretendo contar mais com barco de apoio uma vez que na medida que avançamos pelo litoral fica mais fácil de encontrar lugar com areia para desembarque. A dinâmica daqui em diante tende a ser diferente“, ponderou.
Raysa ainda não tem os próximos tripulantes definidos, mas afirma que “tem uma lista grande de interessados”. Ela ressalta que vai disponibilizar uma segunda lista de inscrição por intermédio do Instagram e das redes sociais.
Apesar de ter conseguido apoio de algumas empresas para materiais como colete, remo e produtos de higiene, ainda não obteve apoio financeiro. Para financiar a expedição, ela criou um link de pagamento para inscrição dos interessados em acompanha-la. Além disso, ela busca patrocínio e apoio para dar suporte à empreitada.
Questionada sobre sua atual situação financeira, já que precisou pedir um empréstimo no banco durante o primeiro trajeto, Raysa esclareceu que conseguiu recuperar parte de sua economia por meio da campanha do “apoia-se”. Trata-se de uma vaquinha virtual com intuito de ajudar nas despesas da expedição. Quem quiser ajudar, é só entrar no site oficial.
Siga Raysa nas redes sociais pelo perfil @vaapelolitoral.
Fonte: atribunarj.com.br