Reportagem aborda preocupação de múncipes de Niterói com a segurança na va’a

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Pessoas ouvidas pela reportagem denunciaram a falta do o uso de coletes salva-vidas entre clubes de va’a de Niterói – no entanto, essa situação não é exclusiva da cidade. Foto: Reprodução

*Nota: Após análise editorial realizamos ajustes no título da matéria com o objetivo de garantir maior clareza e evitar possíveis interpretações equivocadas sobre seu conteúdo.

Denúncias de frequentadores da Praia de Charitas, em Niterói, revelam preocupações com a segurança em clubes de va’a na região. Conforme reportagem divulgada pela Band News FM Rio, as queixas se concentram em canoas “superlotadas” e na ausência do uso de coletes salva-vidas, mesmo em condições de mar agitado na Baía de Guanabara, causadas por ressacas e ventanias.

Devyson Pereira, um morador que pratica exercícios na área, relatou à emissora que a situação de insegurança é uma ocorrência frequente. A preocupação em Niterói ecoa o recente incidente no Rio de Janeiro, onde no último sábado, 73 pessoas praticando stand up paddle na Praia do Leme, Zona Sul, ficaram à deriva após serem arrastadas por uma ventania, necessitando de resgate do Corpo de Bombeiros. Em resposta, a Prefeitura do Rio cassou o alvará da escola responsável pelo passeio na segunda-feira (23) e anunciou novas regras para a prática de SUP na cidade.

Em nota, a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer de Niterói afirmou que está monitorando com atenção o crescente número de atividades esportivas nas praias da cidade, especialmente a canoa havaiana, que tem experimentado uma expansão nos últimos anos.

A questão da falta do uso de coletes salva-vidas, no entanto, não é um problema isolado de Niterói. Uma rápida pesquisa em redes sociais, como o Instagram, demonstra que a prática de não utilizar o equipamento é difundida em clubes de va’a por todo o país, de norte a sul. Essa situação torna-se ainda mais alarmante em remadas em mar aberto e com a presença de iniciantes.

Relatório de 2023 do Aloha Spirit Midia apontava essa preocupação

Em 2023, o Aloha Spirit Mídia realizou uma pesquisa pioneira para avaliar a percepção e compreensão sobre segurança aquática entre quase mil remadores brasileiros de va’a. O relatório indicou que, embora o uso de coletes salva-vidas estivesse entre os itens de segurança mais utilizados, a maioria dos participantes demonstrou pouco ou nenhum conhecimento sobre aquacidade, análise meteorológica e leitura de gráficos de previsão de ondulações. Mais preocupante ainda, 51,5% dos frequentadores de clubes de va’a não sabiam informar se os proprietários possuíam algum tipo de certificação aquática, sugerindo uma persistente falta de cuidado com a segurança no setor.

É fundamental ressaltar que a segurança aquática, incluindo normas sobre o uso de coletes salva-vidas, é uma atribuição da Marinha do Brasil. Atualmente, a Marinha recomenda o uso do equipamento, mas não impõe sua obrigatoriedade em todas as práticas. Diante desse cenário, é fundamental que as entidades que regem o esporte voltem sua atenção para a segurança aquática, incentivando a difusão de cursos e campanhas de conscientização – um campo que ainda carece de maior adoção e rotina.

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