A tradicional arte de construção de canoas polinésias
Em seis capítulos, série Waka resgata a tradicional construção de canoas através da troca de experiências ... leia mais
Olá, meu nome é Carlos Ribeiro mais conhecido como “Chinês”. Estou muito feliz pela oportunidade de estar aqui escrevendo para vocês!
Esta coluna vai falar sobre o Va’a, esporte muito difundido como “canoa havaiana”. Uma ativiade apaixonante, que vem contagiando cada vez mais adeptos no Brasil e no mundo.
Vou compartilhar um resumo da minha trajetória no va’a para que vocês tenham uma ideia da minha vivência e experiência e juntos vamos escolher os temas de maior interesse desse esporte contagiante que tem pouca informação disponível.
Não vou falar de cultura polinésia, porque não tenho conhecimento para isso e essa é uma lacuna que já vem sendo muito bem preenchida atualmente. Vou falar das minhas vivências e opiniões, principalmente do lado competitivo.
Comecei a remar em 2007 aos 36 anos, mas minha experiência com o mar é bem mais antiga. Desde os 11 anos surfava diariamente com prancha de isopor e em 1982 parti para o bodyboard.
Gostava e me destacava em ondas pesadas e cheguei a fazer algumas surf trips internacionais: Havaí e Bali, na Indonésia.
Aprendi a respeitar e conhecer o mar. Reconhecer as diversas ondulações, suas direções, alturas, forças e velocidades distintas. Identificar correntes, ventos e sinais meteorológicos. Saber os limites e, principalmente, reconhecer e aproveitar as oportunidades e brechas que o mar proporciona.
Essa bagagem me ajudou e ajuda até hoje, mas a leitura de mar para a navegação é bem mais sutil, difícil e minuciosa.
Através de um amigo remei pela primeira vez de OC-6, na praia Vermelha (Urca-RJ). Nascer do sol deslumbrante e, assim como muitos, nunca mais parei!
Não tinha a intenção de competir, mas a grande maioria dos remadores eram muito competitivos e logo no primeiro ano participei junto a equipe do Rio Va’a da tradicional prova da Escola Naval do Rio de Janeiro.
Ficamos em segundo lugar, atrás do clube Praia Vermelha que estava estreando a primeira OC-6 Mirage recém importada, com uma construção bem superior as equivalentes nacionais da época.
Com o aparecimento dos primeiros fabricantes, o clube, junto com alguns remadores/ associados, adquiriu quatro canoas individuais OC-1.
Isso nos ajudou muito na evolução técnica da remada. As competições foram se tornado o nosso combustível e a partir daí não paramos mais.
Desde então tenho participado de muitas competições tanto de OC-6, quanto de V1. Participei de todos os campeonatos Brasileiros, Sul-Americanos e Mundiais (a partir de 2012 com exceção do mundial de Sprint Austrália, em 2016).
Números festivais Aloha Spirit, W2, Volta de Santo Amaro, Volta da Ilha bela, Rio Va’a, Rei de Búzios, V1 RJ, Te Aito (maior e mais difícil prova de V1 do mundo, que acontece anualmente no Tahiti) entre muitos outros.
Atualmente sou instrutor e sócio do clube BRA Va’a Canoe Club (Marina da Glória – Rio de Janeiro – RJ) e instrutor de Va’a no Esquilo Sports (Posto 6 – Copacabana – Rio de Janeiro – RJ).
Também ministro clínicas: “Técnicas de remada”, “Técnicas de V1”, “Técnicas de Leme”.
Por trás disso tem muita história e experiências que quero muito compartilhar aqui com vocês.
Aloha!