Carlos Chinês: A minha história com o Va’a

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carlos chines va'a
Carlos Ribeiro “Chinês”, junto à equipe brasileira de V12 no Mundial de Sprint Calgary – Canada (2012). Foto: Arquivo pessoal

Olá, meu nome é Carlos Ribeiro mais conhecido como “Chinês”. Estou muito feliz pela oportunidade de estar aqui escrevendo para vocês!

Esta coluna vai falar sobre o Va’a, esporte muito difundido como “canoa havaiana”. Uma ativiade apaixonante, que vem contagiando cada vez mais adeptos no Brasil e no mundo.

Vou compartilhar um resumo da minha trajetória no va’a para que vocês tenham uma ideia da minha vivência e experiência e juntos vamos escolher os temas de maior interesse desse esporte contagiante que tem pouca informação disponível.

Não vou falar de cultura polinésia, porque não tenho conhecimento para isso e essa é uma lacuna que já vem sendo muito bem preenchida atualmente. Vou falar das minhas vivências e opiniões, principalmente do lado competitivo.

Meu início

Carlos Chinês bodyboarding
Carlos Chinês botando pra baixo no Arpoador. Foto: Arquivo pessoal

Comecei a remar em 2007 aos 36 anos, mas minha experiência com o mar é bem mais antiga. Desde os 11 anos surfava diariamente com prancha de isopor e em 1982 parti para o bodyboard.

Gostava e me destacava em ondas pesadas e cheguei a fazer algumas surf trips internacionais: Havaí e Bali, na Indonésia.

Aprendi a respeitar e conhecer o mar. Reconhecer as diversas ondulações, suas direções, alturas, forças e velocidades distintas. Identificar correntes, ventos e sinais meteorológicos. Saber os limites e, principalmente, reconhecer e aproveitar as oportunidades e brechas que o mar proporciona.

Carlos Chinês remando de canoa V1
Carlos Chinês é um dos melhores remadores de V1 do país. Foto: Arquvio pessoal

Essa bagagem me ajudou e ajuda até hoje, mas a leitura de mar para a navegação é bem mais sutil, difícil e minuciosa.

Através de um amigo remei pela primeira vez de OC-6, na praia Vermelha (Urca-RJ). Nascer do sol deslumbrante e, assim como muitos, nunca mais parei!

Não tinha a intenção de competir, mas a grande maioria dos remadores eram muito competitivos e logo no primeiro ano participei junto a equipe do Rio Va’a da tradicional prova da Escola Naval do Rio de Janeiro.

Ficamos em segundo lugar, atrás do clube Praia Vermelha que estava estreando a primeira OC-6 Mirage recém importada, com uma construção bem superior as equivalentes nacionais da época.

carlos chinês va'a
Junto a Equipe Team Mirage Hee Nalu – 4° colocada no mundial de longa distancia na Austrália (2019). Foto: Mgl Photography

Com o aparecimento dos primeiros fabricantes, o clube, junto com alguns remadores/ associados, adquiriu quatro canoas individuais OC-1.

Isso nos ajudou muito na evolução técnica da remada. As competições foram se tornado o nosso combustível e a partir daí não paramos mais.

Desde então tenho participado de muitas competições tanto de OC-6, quanto de V1. Participei de todos os campeonatos Brasileiros, Sul-Americanos e Mundiais (a partir de 2012 com exceção do mundial de Sprint Austrália, em 2016).

carlos chinês va'a
Junto à parte da delegação Brasileira no primeiro mundial de longa distância – Tahiti (2017). Foto: Va’a News

Números festivais Aloha Spirit, W2, Volta de Santo Amaro, Volta da Ilha bela, Rio Va’a, Rei de Búzios, V1 RJ, Te Aito (maior e mais difícil prova de V1 do mundo, que acontece anualmente no Tahiti) entre muitos outros.

Atualmente sou instrutor e sócio do clube BRA Va’a Canoe Club (Marina da Glória – Rio de Janeiro – RJ) e instrutor de Va’a no Esquilo Sports (Posto 6 – Copacabana – Rio de Janeiro – RJ).

Também ministro clínicas: “Técnicas de remada”, “Técnicas de V1”, “Técnicas de Leme”.

Por trás disso tem muita história e experiências que quero muito compartilhar aqui com vocês.

Aloha!

Vou listar alguns dos resultados que considero mais expressivos:

V6 Equipe He’e Nalu Open
  • 4º Colocado no Mundial Longa distância – Australia (2019)
  • Bi-Campeão Brasileiro de Va’a (2018, 2019)
  • Campeão Salvador – Morro de São Paulo – 60 km – V6 open (2019) recorde da prova
  • Campeão Volta Ilha de Vitória – 30 km – V6 open (2020) recorde da prova
V6 Equipe BRA Va’a Master 40+ (Leme)
  • Tricampeão Sul-Americano de Va’a (2015, 2017, 2018)
  • TriCampeão Brasileiro de Va’a (2016, 2017, 2018)
7° Colocado no Mundial de Va’a (2017) – Tahiti
  • Campeão Estadual RJ (2019)
  • V6 Equipe BRA Va’a Open (Leme)
  • Vice-campeão Brasileiro de Va’a (2015) – V6 Open – Cabo Frio – RJ
  • Vice-campeão Brasileiro de Va’a (2012) – V6 Open – Rio de Janeiro – RJ
  • Campeão Estadual RJ (2019)
V6 Equipe Rio Va’a Open
  • 3° colocado Sul-Americano de Va’a (2013) – V6 Open – Lima – Peru
V6 Equipe Rio Va’a Master 40+
  • 3° colocado no Mundial de Va’a (2014) – Rio de Janeiro
  • V6 Equipe SAMU (revezamento 12 remadores)
  • Campeão da Volta na Ilha Bela – 90 Km – V6 open (2018)
V1 master 40+
  • Tricampeão Sul-Americano de Va’a (2014, 2017, 2018)
  • Tetracampeão Brasileiro de Va’a (2014, 2015, 2016, 2019)
  • 8° colocado no Mundial de Va’a (2017 – Tahiti)
  • 3° colocado no Panamericano (2019) – Ilha de Páscoa
  • Campeão do V1RJ (2019)
V1 Open
  • 3° colocado Brasileiro de Va’a (2019) – Búzios – RJ
  • Vice-campeão Brasileiro de Va’a (2015) – Circuito
  • 3° colocado Sul-Americano de Va’a (2013) – Lima – Peru
  • 3° colocado Brasileiro de Va’a (2013) – Rio de Janeiro – RJ
  • Tricampeão do Rei de Búzios – V1 open (2018,2019,2020)
  • Campeão do V1RJ (2018)
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