Canoa para Todos promove va’a inclusivo em Ilhabela

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Com uma proposta inclusiva e agregadora, o Canoa para Todos reuniu 38 pessoas para a expedição São Sebastião x Castelhanos, realizada no início de fevereiro. Foto: Alemão Fotografia

Fundado em 2015 pela remadora Georgia Michelucci, o Canoa Para Todos é um projeto que tem como fundamento promover a inclusão através da canoa.

Funcionando de maneira independente, sem patrocínio ou apoio governamental, o Canoa Para Todos já apresentou o va’a a centenas de pessoas.

Turistas e moradores de São Sebastião, onde funciona o projeto, aprendem noções gerais de remada e cultura polinésia e vivenciam a experiência de remar em uma dessas canoas através de expedições organizadas por Georgia.

O Canoa Para Todos evoluiu de forma orgânica. Fazíamos os passeios abertos ao público e no início era um pessoal mais jovem que nos acompanhava. A gente convidava os pais e os avós também, e havia uma resistência, do tipo ‘isso não é para mim’, mas no final eles iam e adoravam. Incentivávamos também pessoas com deficiência para participarem e assim que surgiu o Canoa para Todos”, conta Georgia Michelucci.

Guilherme Borrajo e Robson careca. Foto: Alemão Fotografia

À medida que a demanda foi aumentando, surgiu também a necessidade de buscar orientações com outras pessoas e clubes, como foi o caso de Luciano Facchini, do Pa’ahana de Porto Belo.

Através dessas trocas de experiências criou-se uma rede de apoio ao Parava’a e a criação de uma equipe de Parava’a.

Hoje existem vários clubes amigos que desenvolvem o Canoa para Todos, seja ele gratuito, acolhendo a todos, ou sendo acessível a todas as pessoas”, esclarece a remadora.

Através desses intercâmbios surgem novas ideias para facilitar a inclusão às canoas, como um caso revelado por Georgia, de um iniciante, que por ter o quadril muito largo, não conseguia sentar no banco da canoa.

Georgia Michelucci (à dir.) ensina passos de dança polinésia nas areias de uma praia intocada em Ilhabela. Foto: Alemão Fotografia

A solução foi fazer uma adaptação, com um banco mais alto, aparado pelo casco, que possibilitou o acesso ao va’a a essa pessoa.

Georgia conta que essa experiência, inclusive, ajudou outro clube parceiro a proporcionar a uma pessoa, com o mesmo porte físico, a sensação de remada em uma canoa polinésia.

Essa troca de ideias entre clubes ligados ao projeto, também gera expedições. Foi o caso da remada realizada no início de fevereiro, com a participação do clube carioca Moai Va’a, capitaneado pelo campeão mundial de parava’a Guilherme Borrajo.

Expedição São Sebastião x Castelhanos. Foto: Alemão Fotografia

38 pessoas participaram da expedição de ida e volta à baía de Castelhanos, em Ilhabela, partindo e chegando de São Sebastião, totalizando 80 km.

As equipes se dividiram em três canoas OC-6, que foram acompanhadas por um barco de apoio.

Um dia muito rico em trocas de experiência, amizades e aprendizado.

Expedição Volta à Ilhabela

Expedição São Sebastião x Castelhanos. Foto: Alemão Fotografia

A próxima expedição do Canoa para Todos já tem data: será entre os dias 06 e 07 de março em um trajeto que será feito através da circum-navegação de Ilhabela, com pernoite na Ilha.

Esta é a data em que seria realizado o Aloha Sprit Festival e muitos remadores que participariam do evento estarão na região, pois já haviam reservado a viagem.

Será uma grande oportunidade para conhecer uma das mais belas ilhas marítimas do Brasil por um ângulo privilegiado e com excelente estrutura.

E, o mais importante: esta é uma remada para todos!

Mais informações podem ser obtidas pelo whatsapp: +55 12 98279-1074

Canoa para Todos | Expedição São Sebastião x Castelhanos – Fotos: Alemão Fotografia

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