
Adelson Carneiro entre os vencedores do Prêmio Outsiders 2023
Adelson Carneiro entre os vencedores do Prêmio Outsiders 2023 oferecido pela revista Go Outside aos ... leia mais
Largada SUP Race técnico. Foto: Fabio Maradei
O final da 1ª etapa do 11º Aloha Spirit não poderia ser melhor. As provas técnicas de Stand Up Paddle (SUP) fecharam a vasta programação esportiva do final de semana com grandes apresentações. No masculino, Luiz Guida, o “Animal”, voltou a vencer e entre as mulheres, a norte-americana Fiona Wylde fez valer o favoritismo e a atual campeã do evento, Lena Ribeiro teve uma performance de recuperação, da oitava para a segunda posição.
Na canoagem, a dupla formada para este evento, com Rafael Santacreu e Pedro Henrique Weichert, remou o tempo todo na frente e foi a primeira canoa a completar os 10 km. Outro grande destaque ficou para Rafael Leão, um dos mais experientes da modalidade no País, e sua aluna Luciana Furlan, nas duplas mistas, chegando em terceiro no geral.
O campeão sul-americano Cadu Zeidan levou a melhor na canoa havaiana individual, enquanto que Felipe Neumann, outro veterano das remadas, venceu entre as canoas polinésias. Já no surfski, com 15 km o primeiro lugar ficou com Cadu Oliveira.
Pelo Telão era possível acompanhar toda a prova através de imagens de dentro da água, analisadas pelo time de comentaristas. Foto: Gabriel Gonzales
E o dia começou logo cedo com a natação em águas abertas, de 1.500 metros, com Artur Pedroza, invertendo o resultado com Luiz Felipe Lebeis, vencedor dos 3.800 metros. Na feminina, vitória de Thaís Santana. Outra atração do domingo foi a prova de apneia estática. Em paralelo, houve aula de yoga e durante o final de semana o que se viu foi uma grande celebração do esporte vinculada com a defesa do meio ambiente, incluindo a gestão de plástico zero em toda a área do evento.
Rafael Santacreu e Pedro Weichert. Foto: Fabio Mardei
Foram várias atividades e ações nos três dias, incluindo o Festival de Cinema, mutirão de limpeza de rios e trechos de mangues próximos, com alunos de escolas de Ilhabela, rodas de conversas, conscientização, corrida de montanha, e outras e emocionantes provas de SUP, paddleboard, canoas, waterman (reunindo natação, SUP e paddleboard), reunindo cerca de 1.500 atletas de 18 estados e outros países como Estados Unidos, Argentina e Peru, para ratificar ao Aloha Spirit o título de um dos três maiores festivais de esportes aquáticos do Mundo.
Na primeira disputa do dia, a natação, Artur Predoza, que havia sido segundo colocado no sábado, nadou forte para repetir a vitória de 2018. “Foi mais uma vez disputada, mas dessa vez consegui imprimir um ritmo um pouco mais forte, mas é sempre assim eu e o Lebeis”, comentou. “Eu sempre nado no máximo. Tem dia que dá certo e hoje foi tudo certo”, complementou o atleta de 45 anos, falando da longevidade no esporte. “É se manter treinando, nunca parar, esquecer um pouco a idade”, revelou.
Entre as mulheres, Thais Santana foi a melhor. “Fiquei bem dolorida de sábado. O bacana da maratona aquática não é só nadar é ter psicológico, inteligência. Tenho 27 anos, desde os 11 eu nado e até hoje estou aprendendo”, falou a atleta.
Luiz Guida Animal puxando a fila. Foto: Fabio Maradei
Na canoagem, Pedro e Rafael contaram sobre a vitória. “Somos da mesma equipe (Tahoe) e decidimos competir juntos. É uma energia única remar com ele, um irmão que a canoa me deu. Queríamos nos divertir e manter esse ritmo”, contou Pedro. Na mista, Rafael Leão, que já foi campeão em todas as categorias, agora experimentou as duplas mistas. “Foi uma provinha boa, a Luciana está remando super bem, estávamos com uma remada encaixada e conseguimos fluir bem. Pegamos o ritmo das masculinas e fomos juntos”, disse.
Na OC1, Cadu fez uma prova de recuperação para alcançar a segunda vitória no evento (também estava na equipe Brucutus, que venceu de forma emocionante a prova overall no sábado). “Foi alucinante! Comecei mal, pesado, entrou uma ondinha milagrosa e me levou para frente. Depois tivemos uma disputa acirrada e consegui levar a melhor”, resumiu o vencedor que ainda viu sua mulher, Priscila, levar a melhor na OC1 open, para a festa em família.
Para Felipe que levou na V1, o primeiro lugar foi até uma surpresa. “Apesar de saber do meu potencial, da minha história. Estou treinando para me adaptar, porque é uma categoria que vem crescendo”, comentou.
Fiona Wylde comemora a chegada no Race Técnico Feminino. Foto: Fabio Maradei
MUNDIAL – No Sup Técnico, valendo pelo ranking mundial, uma prova que o nome já resume bem, com várias boias a serem superadas, Animal largou mal e teve uma recuperação rápida, chegou a cair na segunda boia, mas depois imprimiu um ritmo forte, abriu vantagem e não deixou os rivais, entre eles, o campeão mundial de Sprint, Artur Santacreu, chegar perto.
Ele garantiu o primeiro lugar e a briga ficou para o segundo lugar entre Artur e o jovem talento Guilherme Cunha. “Foi um final de semana perfeito. Fiz uma prova ótima sábado, estou com a família, consegui descansar e vim focado. Fiz uma largada ruim, fiquei enroscado, saí recuperando, consegui pegar uma marolinha e assumi a ponta. É bom saber jogar quando dá certo e quando dá errado”, contou o tetracampeão brasileiro de SUP.
“Estou amarradão de estar na atividade com 35 para 36 anos, com filha, contas para pagar, essa molecada começando a vida agora. Só de estar andando junto e ganhando, estou muito feliz, ainda mais no Aloha, esse evento que é o melhor do País”, vibrou.
Maninas do SUP Race. Foto: Fabio Maradei
Na feminina, também contando pontos para a Paddle League, Aline Adisaka saiu na frente, mas logo Fiona Wylde passou na frente e manteve uma certa distância. Lena Ribeiro não fez uma boa largada, chegou a estar em oitavo, mas foi recuperando e terminou em segundo lugar. “Estou muito feliz. É minha primeira vez aqui no Brasil. Tudo aqui é maravilhoso, as pessoas são muito legais, é um lugar lindo. O evento é sensacional e o fato de ter essa preocupação ambiental, zero plástico é fantástico. Mal posso esperar para estar de volta em novembro”, falou Fiona, lembrando que na última etapa do Aloha, em Cabo Frio, o evento será válido pelo ranking mundial da Paddle League e também da APP World Tour.
Agora, o Aloha Spirit 2019 se prepara para a segunda etapa, nos dias 21 a 23 de junho, no Pontão do Lago Sul, em Brasília. A final está marcada para 22 a 24 de novembro, na Praia do Forte, em Cabo Frio/RJ. Todos os detalhes para a participação pelo site alohaspirit.com.br.
O Aloha Spirit 2019 tem os patrocínios de Corona (Ambev) e Prefeitura Municipal de Ilhabela. Apoios: Projeto Mares Limpos da ONU Meio Ambiente e Menos um Lixo. Realização: Associação Magna de Desportes e Ecooutdoor com gestão e produção da Intercult e correalização da Secretaria de Turismo de Brasília.