Uma aventura espetacular de SUP pela Amazônia

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Américo Pinheiro, Lena Guimarães e Pablo Casado, juntam-se aos jornalistas Clayton Conservani e Carol Barcellos para uma travessia de stand up paddle de 120 km na Amazônia. A expedição será exibida no Esporte Espetacular em outubro

Ao todo, Américo Pinheiro, Lena Guimarães, Pablo Casado, Clayton Conservani e Carlo Barcellos, passaram três dias imersos na Amazônia remando e visitando tribos e povoados ribeirinhos. Foto: AP

No mês de outubro o programa Esporte Espetacular, da Rede Globo, exibirá um novo quadro apresentado pelos jornalistas Clayton Conservani e Carol Barcellos. Serão quatro episódios levando a dupla de apresentadores a encarar desafios nos mais diferentes lugares do Brasil.

Um destes episódios acaba de ser gravado e tem tudo para agradar a nossa comunidade: Clayton e Carol exploraram o rio Negro, na Amazônia, remando de stand up paddle, na companhia de Américo Pinheiro, Lena Guimarães e Pablo Casado.

Américo conta que após preparar e acompanhar Clayton em sua participação nos 220 km da 11 City Tour, que também virou quadro do Esporte Espetacular, os dois seguiram em contato, e o apresentador pediu a Américo sugestões de lugares no mundo para gravar um quadro para o Planeta Extremo que pudessem ser explorados através do stand up paddle.

“O Clayton curtiu muito remar de SUP e após a experiência da 11 City Tour, decidiu que exploraria mais esse esporte em quadro futuros do Planeta Extremo. Quando ele me perguntou, sugeri gravar no Amazonas. Fizemos uma pesquisa e chegamos à conclusão de que realmente seria incrível”, revela.

Remando na imensidão do maior rio do mundo. Foto: AP

A bicampeã brasileira de SUP Lena Guimarães, esposa de Américo, foi convidada a participar da aventura, e também o amazonense e Top do circuito Brasileiro, Pablo Casado.

No roteiro, remar por mais de 100 km rio adentro, em plena selva amazônica, visitando tribos e comunidades ribeirinhas ao longo de três dias de expedição.

A aventura, porém, começou meses antes, com a preparação física dos apresentadores. Já acostumado a travessias duras após o “batismo de fogo” da 11 City Tour, Clayton encarou com mais naturalidade a rotina de treinos pré-expedição. Já Carol, com pouca experiência no stand up paddle, precisou de uma atenção especial de Américo para estar apta ao desafio, o que, segundo ele, aconteceu de forma natural e até surpreendente:

“Eu costumo dizer que as mulheres são muito mais fortes do que os homens e com a Carol não foi diferente. Ao longo dos treinos, ela conseguiu compensar sua pouca experiência com muita força de vontade e garra, e, no final, superou as minhas expectativas”, diz Américo.

Aurora amazonense. Foto: AP

Acompanhados pela equipe de Tv da Rede Globo, o grupo viajou para Manaus na semana passada onde se encontrou com Pablo Casado para então dar início à expedição.

Devido às dificuldades de transporte e logística, eles optaram por remar com pranchas infláveis race da Mistral (já Pablo, que não precisou viajar de avião, trouxe consigo uma Nawaboard e uma SIC 14 pés). O grupo foi acompanhado por uma equipe de apoio, porém, todo o trajeto de cerca de 120 km seria feito pelos cinco exploradores remando de SUP. E assim foi feito.

Segundo Américo, engana-se quem pensa que por se tratar de um rio, a remada foi fácil:

“O volume de água desse rio é imenso, e apesar da água doce, muitas vezes você tem a impressão de que está remando em mar aberto. Fora as ondulações e ventos constantes que tornaram a expedição realmente desafiadora”, detalha o treinador.

Equipe comemora o sucesso da expedição. Foto: AP

Lena conta que para manter o grupo unido, sendo ela, Américo e Pablo atletas profissionais, a opção foi segurar o remo para acompanhar os apresentadores. Por conta disso, a atleta revela que para alcançar as metas de distância estabelecidas, em um dia da expedição eles chegaram a ficar 8h sobre a prancha remando.

“Nunca fiquei tanto tempo sobre uma prancha remando! Claro que fazíamos pausas para hidratação e alimentação, mas, no dia mais longo, batemos 8h em 38 km de remada. A ideia ali não era chegar mais rápido, mas manter o grupo unido. Por isso era muito importante segurar um pouco o ritmo e acompanhar os dois repórteres que não são atletas profissionais. O Clayton é um casca grossa e a Carol foi muito guerreira. Realmente não foi fácil, houve momentos em que os ventos laterais sopravam com muita força”, conta a bicampeã brasileira de SUP.

Ao todo foram quatro dias de remada no meio da selva vivendo momentos de pura magia. Tudo captado pelas lentes dos experientes cinegrafistas da emissora de Tv e a expectativa é a de que o programa seja realmente incrível.

Américo exibe o remo que ganhou de Jonas: Experiência intensa. Foto: AP

“Foi tanta coisa bacana que aconteceu que fica até difícil enumerar! Mais fácil aguardar o programa e conferir”, brinca Américo. “Mas uma coisa que vou guardar pra sempre foi o contato com a comunidade Tiririca. Passei um dia inteiro na companhia deles, eles remaram na minha prancha, e eu em suas canoas. Em uma tarde e uma noite criamos uma afinidade tão grande a ponto do chefe da comunidade, o seu Juca e seu sobrinho, Jonas, se despedirem chorando quando a gente foi embora. O Jonas ainda me presenteou com seu remo e isso me tocou muito”, lembra o capitão sem disfarçar a emoção.

Lena também se emociona ao recordar a expedição concluída poucos dias atrás:

“Foi incrível. Tudo na Amazônia é em uma escala superior. O volume de água, o tamanho da floresta, a intensidade de tudo. Mesmo tendo feito a M2O e a 11 City Tour, eu nunca havia ficado oito horas remando sobre a prancha. Claro que por não se tratar de uma competição, mas de uma expedição, a gente parava pra descansar em uma praia bonita, foi uma experiência bem diferente pra mim. Tudo muito grande. A gente brincava de tentar adivinhar as distâncias e tudo era sempre maior do que a gente imaginava. Muitos animais, o sons da florestas e os índios. A pessoas da floresta, os ribeirinhos, os indígenas, são pessoas muito especiais, foi uma experiência pra vida”, revelou.

“Essa expedição fortaleceu ainda mais meus laços com a minha cultura e o povo da minha região”, Pablo Casado. Foto: AP

Para Pablo Casado, essa viagem serviu para fortalecer sua conexão com o Amazonas:

“Mesmo sendo uma pessoa da floresta, que moro e remei aqui minha vida inteira, essa expedição fortaleceu ainda mais meus laços com a minha cultura e o povo da minha região. Foram dias de imersão total, paisagens belíssimas, lugares onde nenhuma prancha de SUP havia passado, o Parque Nacional de Anavilhanas abriga um dos maiores arquipélagos fluviais do mundo, e por isso mesmo, por conta dessa dimensão, a sua exploração é muito difícil. Um lugar incrível, com uma paisagem exuberante e vegetação intocada. Mas o que mais me tocou foi o contato com o povo que vive na beira do rio. A felicidade com que eles nos recebiam, deixava todo mundo revigorado para encarar mais um dia de remada enfrentando os ‘banzeiros’, que é como a gente chama as ondulações do rio e os fortes ventos laterais. Foi um verdadeiro trabalho de equipe. O Américo mostrou mais uma vez que é um cara que tem muito conhecimento, ajudando na tomada de decisões em momentos difíceis da travessia; a Lena dispensa apresentações. Foi uma honra passar esses dias remando ao lado dela que sem dúvida está entre as melhores remadoras do mundo; a Carol Barcellos foi outra guerreira e foi lindo ver ela superar os 120 km de remada encarando as dificuldades sempre com o sorriso no rosto e o Clayton é um casca grossa que também dispensa apresentações. Com certeza ele sai do Amazonas mais forte ainda! Fizemos história aqui, sendo os primeiros a explorar esse trecho do rio Negro remando de stand up e meu coração está cheio de alegria e preparado para as próximas expedições.

O episódio retratando essa aventura está programado para ir ao ar no dia 28 de outubro, no programa Esporte Espetacular da Rede Globo.

GALERIA DE IMAGENS

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