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Foram 3 dias intensos de stand up paddle na famosa Ilha do Marajó, no Pará. A “equipe superação” formada por 19 pessoas, mais o cineasta Renan Chady, tiveram uma experiência única na maior ilha fluviomarítima do planeta.
SUP Expedição á está na sua quarta edição, desta vez, o evento não teve publicidade devido à pandemia do novo coronavírus, como explica o co-criador do evento e diretor do documentário, Ruy Montalvão:
“Todos os anos, nossa expedição leva oficinas e palestras sobre o uso abusivo de álcool e outras drogas e preservação do meio ambiente para os jovens da ilha.
Infelizmente não foi possível deixar um pouco de nós para o comunidade, por conta da pandemia do coronavírus, mas tivemos a ideia de documentar o evento para que cada vez mais, o Marajó seja reconhecido não só como um arquipélago famoso, mas também pela sua cultura, necessidade de preservação e um destino necessário para os amantes dos esportes náuticos não motorizados” , relata Montalvão.
O cenário de campos alagados, praias preservadas, fazendas, manguezais e comunidade de pescadores dentro de uma unidade de conservação federal encantaram os participantes. Como foi o caso do paulista Eduardo Freitas, o Dudu, que estava na ilha pela primeira vez.
Foi o caso do paulista Eduardo Freitas, o Dudu, que estava na ilha pela primeira vez: “Nossa expectativa de conhecer a chamada“ Ilha de Marajó ”de perto seus rios, praias e matas foi totalmente atendida. Porém, o mais importante e interessante que a“ SUPeração”nos proporcionou foram os momentos de amizade , troca de experiência e histórias de superação durante um vento forte ou não tão forte que enfrentamos.
A equipe Superação é mais do que um hobby ou esporte, é uma harmonia entre pessoas que buscam saúde e bem-estar , lembra Eduardo
No primeiro dia da expedição, após o desembarque, parte do grupo foi almoçar na praia do Pesqueiro enquanto outra se dirigia a sede do ICMbio, para conhecer o trabalho desenvolvido pela entidade.
À tarde, os participantes fizeram uma leve remada de 5 Quilômetros, a partir da praia do Mata Fome, em Soure, com parada na ponta do Garrote, finalizando com degustação de queijo Marajó e muita animação.
No dia seguinte amanheceu chuvoso. Logo após o café da manhã no mercado municipal de Soure, os remadores foram para a Comunidade Cajuuna.
O grupo passou pela região dos campos alagados, onde foi possível avistar diversas espécies de pássaros como: Jaburus, colhereiros, guarás, patos selvagens, marrecos, gaviões, entre outros.
Os búfalos eram uma atração à parte.
No Cajuuna, foram recebidos pelos pescadores locais Luis e Joelson. A chuva não parou e foi necessário avaliar a atividade programada para o rio Cajuúna junto com a equipe de apoio e os participantes.
A chuva deu um descanso e a incursão no rio Cajuuna tornou-se possível. O cenário era único.
Manguezal com árvores gigantes, pássaros, peixes e até a presença tímida de um macaco guariba, registrada pelas lentes do nosso cineasta Renan Chady. Ao fundo, o rio Pará. A impressão era que todos estavam em êxtase e passando por uma espécie de portal.
Após 7km navegados no Rio Cajuuna, os supistas foram recebidos na casa do pescador Luís, com um “frito de vaqueiro”, prato típico da região, criado pelas mulheres dos vaqueiros quando estes iam trabalhar na roça.
Após degustar a iguaria, o grupo foi para a Comunidade do Céu para um breve descanso. Lá eles visitaram a Comunidade do Céu, um lugar que faz jus ao nome.
Às 16 horas, a programação continuou na Fazenda Mironga, o proprietário e engenheiro agrônomo, Tonga, falou sobre a cadeia produtiva do búfalo e a provável chegada do animal à ilha.
Fotos, café e queijos acompanharam a recepção do grupo.
À noite, o jantar ficou por conta do restaurante de comida marajoara contemporânea, Tucupi Hostel.
O cineasta Renan Chady fala sobre sua experiência como artista no evento: “Para mim, como artista, conhecer um pouco mais da história da minha terra foi muito inspirador. Expandir a perspectiva e perceber o tamanho da riqueza da Amazônia nos faz repensar conceitos antigos e nos enche de orgulho”.
Domingo, 22 de novembro, terceiro e último dia da sup expedição, às 7h, todos prontos para Joanes, vila de Salvaterra que segundo alguns historiadores foi onde o Brasil teria sido visitado pela primeira vez, antes de Cabral, pelo navegador e explorador espanhol Vicente Iáñez Pinzón.
Após a travessia do rio Paracauary de balsa, o grupo tomou café da manhã no mercado municipal de Salvaterra, a chuva lembrou o inverno amazônico (período de chuvas intensas na Amazônia), mas ainda era verão na região.
Em Joanes, o grupo seguiu para as ruínas da igreja de Nossa Senhora do Rosário, construída no século XVI pelos Jesuítas da Companhia de Jesus. Após selfies e fotos, todos rumaram para a praia de Joanes, considerada uma das mais belas da Costa leste da ilha. Hora de sup wave, o stand up paddle mais radical.
Quem já sonhou em surfar em uma prancha foi atendido neste dia. O destaque foi o adolescente Moisés, de 16 anos, morador da Vila que experimentou o sup pela primeira vez e deu um show à parte. Tudo devidamente registrado por Renan Chady.
O documentário “Sup Expedição do Marajó“, que será lançado em março de 2021, pretende apresentar roteiros diferenciados, para o fortalecimento do turismo de base comunitária e desenvolvimento local com sustentabilidade e protagonismo, a partir de um conjunto de ações coordenadas, além de consolidar Soure como um dos principais destinos turísticos para esportes aquáticos na Amazônia.
O projeto é uma realização da Superação do Stand Up Paddle e contou com o apoio da Prefeitura de Soure.
A IV Sup Expedição chegou ao fim, mas o sentimento do grupo era de querer mais. No retorno a Belém na balsa, os comentários foram unânimes. Quando será a próxima?
Para saber mais sobre as próximas expedições da Equipe Superação acesse: superacaostanduppaddle.com