Mundial da ISA | No SUP Wave, brasileiros tem nova atuação de gala
Nicole Pacelli, Caio Vaz e Luiz Diniz vencem suas baterias e Brasil segue forte no Mundial de SUP e ... leia mais
É cedo ainda para avaliar o saldo da participação do stand up paddle brasileiro nos Jogos Sul-Americanos de Praia encerrados neste final de semana em Rosário, Argentina, mas é certo afirmar que este esporte saiu maior do que entrou.
Das medalhas conquistadas pelo Brasil nos Jogos, quatro, das onze medalhas de ouro, e duas, das nove medalhas de prata, vieram do SUP Race brazuca: Tuca Santacreu e Aline Adisaka: um ouro cada nas provas de Sprint Race; Vinnicius Martins, duas pratas: SUP Race Técnico e Longa Distância; e Lena Guimarães, dois ouros: SUP Race Técnico e Longa Distância.
A atuação épica de nossos atletas foi fundamental para colocar o Brasil na terceira colocação no quadro geral de medalhas e rendeu merecidamente à Lena Guimarães Ribeiro o convite para ser a porta bandeiras do Brasil na festa de encerramento dos Jogos.
Rosário abriu um novo capítulo na evolução do SUP brazuca. Foi nossa primeira participação em um evento ligado ao COI (Comitê Olímpico Internacional) e começamos muito bem essa história. Nossos atletas mostraram o quão longe o stand up paddle brasileiro pode ir.
NOVOS RUMOS
Nosso esporte vive um momento de estabilidade. Após anos sucessivos de crescimento exponencial, o número de novos adeptos parou aumentar com tanta pujança, ao mesmo tempo em que o mercado deu uma retraída. Mas, se tudo na vida gira em torno de ciclos, nada mais natural que isso acontecesse também com o SUP.
Só que, ao mesmo tempo em que o stand up paddle completou um ciclo de crescimento vertiginoso, demos início a uma nova fase, mais institucional, onde esse esporte caminha para se tornar olímpico.
Os políticos entram em ação e as tratativas nesse campo agora se dão ao nível das instituições e – na pior das hipóteses – nos tribunais.
No Brasil, a aproximação entre CBSUP e CBSurf está dando certo nesse sentido, facilitando, e muito, a comunicação com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), o que acaba por ajudar a nossos atletas o acesso ao centro de treinamento do Time Brasil e seus especialistas.
Esse diálogo com o COB é bom também sob o ponto de vista da atenção do público em geral, uma vez que eventos ligados ao COI têm maior exposição na chamada “grande mídia”, atraindo, consequentemente, a atenção de grandes empresas, que se tornam potenciais patrocinadores.
Por outro lado, vale também ficar atento à briga entre ISA (International Surfing Association) e ICF (Internacional Canoe Federation) pelo controle do SUP, pois, enquanto no Brasil as coisas se alinham harmonicamente por meio da ISA, representada em nosso país pela CBSurf, a ICF vem ganhando força na Europa e, agora, com o anúncio de seu Mundial da China, pretende aumentar seu poder de influência na Ásia.
No Brasil a ICF é representada pela CBCa, que não tem um histórico de envolvimento com o stand up paddle até agora. No entanto, caso o COI escolha a ICF como entidade máxima do esporte a nível olímpico, uma aproximação com a CBCa será inevitável.
O fato é que se isso acontecer é muito provável que a ISA recorra e aí, quando as coisas vão parar no tribunal, o desfecho é imprevisível. Fora o tempo gasto.
Enfim, por hora, vamos comemorar as conquistas do Sul-Americano e a “moral” que conquistamos junto ao COB. Mas sem baixar a guarda.
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