
Argentinos disputam nacional de SUP em Paraná
Paraná, capital da província argentina de Entre Ríos, foi palco do Campeonato Argentino de SUP Tríplice ... leia mais
Figura icônica do stand up paddle brasileiro, Jessika “Moah” teve um fim de semana de ouro na etapa de Angra dos Reis do Aloha Spirit Festival, encerrada no último domingo (15), na Praia do Anil. A atleta, que acumula cinco títulos brasileiros e pódios em campeonatos mundiais, venceu as duas provas da categoria Elite SUP Race: o Race Técnico e a Longa Distância, que distribuiu premiação em dinheiro aos primeiros colocados.
Na disputa, Jessika enfrentou nomes de peso do cenário nacional e internacional, como Lena Guimarães Ribeiro, Roseli Novlosk, Rebeka Klotz e Scarlett Miranda, o que elevou ainda mais o nível da competição.
“Vencer é sempre muito bom, vencer as duas provas de SUP no Aloha, melhor ainda! Fiquei muito feliz! Não foi fácil, o nível estava altíssimo. Disputar com grandes atletas deu um gosto especial”, comemorou a campeã.
Jessika também comentou sobre o atual momento da modalidade entre as mulheres no Brasil. Para ela, o destaque está mais na qualidade do que na quantidade de atletas.
“O cenário profissional não se destaca por quantidade de atletas, e sim por qualidade. Todas são muito comprometidas com o treinamento, e isso tem elevado o nível da categoria. As disputas têm se tornado mais intensas, o que motiva algumas atletas, mas infelizmente também pode desmotivar quem está começando”, analisou.
Ela fez um alerta sobre a realidade de quem busca um lugar no pódio: “Vivemos uma fase imediatista. Treinar SUP exige muito física e psicologicamente. É difícil chegar ao topo em pouco tempo, exige trabalho duro.”
Uma das novidades desta temporada do Aloha Spirit é a inclusão da premiação em dinheiro para a categoria Elite do SUP Race, tanto no Race Técnico quanto na Longa Distância. Para Jessika, essa iniciativa foi decisiva para que ela pudesse competir todas as etapas do circuito este ano.
“Por questões financeiras, nunca tive a oportunidade de fazer um circuito Aloha completo, apenas algumas etapas. Esse ano, por conta da premiação, irei competir todas. A premiação me permite investir e ter o retorno para pagar a viagem ao evento. É uma troca em que todos se beneficiam: eu desfruto e o Aloha fica muito mais bonito e emocionante quando todas as categorias estão cheias de atletas do Brasil todo”, destacou.
Jessika reconheceu o esforço da organização do Aloha Spirit Festival para ampliar a visibilidade feminina nas competições: “A igualdade de gênero tem se estendido nas faces do evento, com fotos de divulgação mostrando a presença feminina e com a premiação igualitária, mesmo as mulheres sendo minoria nas inscrições. Isso fortalece a participação feminina.”
Ela apontou, no entanto, que ainda há ajustes a serem feitos: “Nas transmissões ao vivo, muitas vezes há mais destaque para o masculino. Acredito que isso acontece por falta de conhecimento da equipe de transmissão sobre a modalidade. Mas são questões que podem e devem ser ajustadas.”
Jessika já mira a próxima etapa do Aloha Spirit, que acontece de 8 a 10 de agosto, em Caraguatatuba (SP), cidade onde mora o também campeão da Elite SUP Race, Guilherme dos Reis.
“A expectativa é continuar alinhada com meus objetivos. Estou bem direcionada pelo meu treinador, Arthur Santacreu, e com um equipamento de ponta. Me sinto motivada. Vencer não é fácil, então o foco agora é seguir trabalhando e deixando os resultados como consequência do esforço”, finalizou.
As inscrições para a etapa de Caraguá já estão abertas no site oficial: alohaspirit.com.br.