Adolescentes sobrevivem a 15 horas no mar após se perderem em passeio de stand up paddle

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Adolescentes no mar stand up paddle
Avery Bryan e Eva Aponte foram arrastadas para mar aberto após serem supreendidas por fortes ventos e correntes. Foto: Reprodução ABC Florida

No final de março, um caso envolvendo duas adolescentes de stand up paddle resgatadas no mar da Flórida (EUA) é mais um lembrete sobre a importância dos cuidados com segurança a todos os praticantes de esportes a remo.

Avery Bryan e Eva Aponte saíram de Atsena Otie Key, no estado da Flórida (EUA), em uma prancha inflável de stand-up paddle com destino a Cedar Key. No entanto, ventos e correntes fortes as desviaram cerca de 14 milhas náuticas do trajeto planejado. Após 15 horas à deriva, foram resgatadas na manhã do dia 18 por voluntários locais.

A luta pela sobrevivência:

O que deveria ser um passeio recreativo transformou-se em uma provação. As jovens enfrentaram ondas de até 2 metros, ventos intensos e águas geladas, com temperatura próxima a 5°C, enquanto o ar marcava cerca de 7°C. Três vezes durante a noite, um helicóptero de busca sobrevoou a área, mas não as avistou, apesar de suas tentativas de sinalização. Felizmente, elas acabaram sendo arrastadas novamente mais próximas da costa, para a região de Turtle Creek, mas acabaram encalhando em uma bancada com diversas conchas afiadas que dificultaram seus esforços para pedir ajuda.

No dia seguinte, um pescador local encontrou um remo das adolescentes encalhado na praia e, ao seguir a pista, avistou-as acenando por socorro. Resgatadas, receberam atendimento imediato por desidratação e hipotermia. Foram hospitalizadas e liberadas apenas em 21 de março, após estabilização.

Fatores decisivos:

A decisão de permanecerem juntas e na prancha foi crucial para sua sobrevivência. Além disso, ter informado familiares sobre o itinerário permitiu que as buscas começassem rapidamente. Especialistas destacam que ventos terrestres, aparentemente calmos perto da costa, tornam-se perigosos em mar aberto, aumentando o risco para praticantes de esportes aquáticos.

Lições de segurança:

Embora a escolha de não se separar tenha sido acertada, outros cuidados poderiam ter minimizado os riscos:

  • Estudar as condições climáticas antes de sair para remar em sites de previsão;
  • Conversar com remadores da região ou pescadores e sempre estudar o lugar onde se pretende remar;
  • Usar vestimenta adequada: Em dias frios usar roupa de neoprene, mas considere também a temperatura da água, não apenas do ar.
  • Sinalização de emergência: Levar dispositivos como telefone à prova d’água (ou case estaque para celeular), apito e espelho de sinalização.
  • Para remadas mais longas: bolsa estanque com água, alimentos, kit de primeiros socorros, celular carregado com gps;
  • Colete salva-vidas;
  • Roupa térmica adequada à condição da água;
  • Leash para prender a prancha ao corpo;

O caso reforça a importância do preparo em atividades aquáticas, mesmo em condições aparentemente favoráveis. Autoridades locais alertam que ventos e correntes mudam rapidamente, exigindo planejamento e equipamento de segurança.

Fonte: ABC Florida

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