Com o tempo, o corpo do remador adapta-se ao esforço constante da canoa. Atletas experientes costumam apresentar:

                •             Maior volume sistólico (quantidade de sangue bombeado por batimento);

                •             Frequência cardíaca de repouso mais baixa, reflexo de um coração mais eficiente;

                •             Melhor capilarização muscular, facilitando o transporte de oxigênio;

                •             Maior variabilidade da frequência cardíaca, indicador de equilíbrio entre os sistemas simpático e parassimpático.

Essas adaptações resultam em maior resistência aeróbica, recuperação mais rápida e menor fadiga durante provas ou treinos intensos.

Em contrapartida, iniciantes na canoa havaiana ainda não apresentam essas adaptações plenamente desenvolvidas. Eles tendem a ter maior frequência cardíaca média durante a remada e menor economia de esforço, o que os faz atingir o limite cardiovascular mais cedo. Contudo, com o tempo e a consistência no treino, o sistema cardiovascular passa por transformações que aumentam a eficiência global do corpo durante o exercício.

Fatores que influenciam as adaptações

As adaptações variam conforme:

                •             Volume e intensidade do treinamento;

                •             Tipo de remada e condições do mar (água calma, correnteza, vento);

                •             Idade, sexo e histórico esportivo do atleta;

                •             Recuperação e hábitos complementares, como sono, nutrição e controle do estresse.

A análise dessas variáveis permite que treinadores ajustem cargas de treino e planejem períodos de recuperação, reduzindo o risco de sobretreinamento e melhorando a performance a longo prazo.

Por que comparar iniciantes e experientes?

Estudos comparativos entre remadores iniciantes e experientes ajudam a identificar marcadores fisiológicos de desempenho e etapas de adaptação cardiovascular. Essa comparação pode revelar:

                •             Diferenças na resposta da frequência cardíaca ao esforço;

                •             Variações na pressão arterial e no consumo máximo de oxigênio (VO₂máx);

                •             Tempos de recuperação após o treino;

                •             Padrões de condicionamento associados à performance em diferentes distâncias.

Com essas informações, é possível individualizar o treinamento — ajustando intensidade, volume e tempo de descanso de acordo com o nível do atleta.

O estudo das adaptações cardiovasculares em remadores de canoa havaiana destaca como o treinamento regular transforma o corpo em uma máquina mais eficiente. Compreender essas mudanças é fundamental não apenas para melhorar o rendimento, mas também para promover saúde e longevidade esportiva.

Comparar iniciantes e experientes fornece uma visão clara da evolução fisiológica no esporte e reforça a importância de treinar com planejamento, constância e atenção ao corpo, porque, na va’a, o coração rema junto com a canoa.

Para mais informações sobre saúde e esportes siga @drbenjamimrodrigues. Site: drbenjaminrodrigues.growdoc.com.br

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