Patrick Winkler fala sobre o crescimento do prone paddleboard brasileiro
Patrick Winkler, campeão do paddleboard no Green Islands 2020 e "embaixador da modalidade", fala sobre a ... leia mais
O inglês James Fletcher é uma figura conhecida no mundo das provas europeias de endurance. Ele observa os desafios mais extremos para remadores de stand up paddle e pensa: “Posso fazer isso deitado“. E ele faz. Muitas vezes, até mais rápido que os praticantes de SUP. No ano passado, Fletcher usou sua prancha de prone paddleboard por doze horas seguidas e percorreu 80 km (50 milhas) na corrida SUPTwelve, superando mais de 20 competidores de SUP — uma façanha impressionante para alguém que usa os braços no lugar do remo!
Em 24 de agosto, James planeja remar deitado os 200 km do Rio Tâmisa em menos de 30 horas, tentando quebrar o recorde atual, que pertence a um remador de SUP, David Haze, que é de mais de dois dias. James se inspirou ao ver o recorde estabelecido em 2021 e começou a se perguntar se era possível fazer o mesmo remando de paddleboard. Com o anúncio da corrida Thames 200 Ultra, ele viu a oportunidade de tentar o feito sob as regras da prova e com o apoio dos pontos de controle ao longo do percurso.
Embora pareça impossível quebrar o recorde em 20 horas usando apenas as mãos, James já está acostumado a superar limites. Ele detém o recorde de prone paddleboard mais rápido no Lago Ness, na Escócia: 37 km em 4 horas e 33 minutos. Além disso, já tentou duas vezes atravessar o Canal do Norte, da Irlanda do Norte à Escócia, enfrentando condições adversas que o fizeram desistir após sete horas de luta contra ondas e ventos congelantes da região.
O desafio de percorrer os 200 km do Tâmisa será o maior de James até agora. A prova SUPTwelve foi um teste para ele, mas o remador admite que ainda não sabe como seu corpo reagirá à longa distância. Outra preocupação é remar durante a noite inteira, uma experiência inédita para ele. Kate, sua esposa, que o acompanhará em um caiaque, está acostumada a turnos noturnos devido à sua profissão de enfermeira e estará ao seu lado durante todo o percurso.
O Rio Tâmisa tem um significado especial para o casal. James cresceu próximo ao rio, e Kate tem lembranças de participar dos Sea Scouts nas suas margens. O desafio de remar juntos os 200 km é, para eles, uma espécie de “encontro romântico”, uma oportunidade de viver uma aventura juntos novamente após o nascimento de sua filha Lily, há dois anos e meio.
Apesar da dificuldade do desafio, James está animado: “Vai ser bem brutal, mas acho que será divertido.”