Everdan Riesco: “É importante valorizar quem ajudou a consolidar a va’a no Brasil”
Everdan Riesco, capitão da lendária equipe Brucutus de Bertioga (SP), foi entrevistado por Marcelo Dias ... leia mais
Juliana Cecília Mendes, para os amigos, simplesmente, Juju, remadora de longa data, tinha como principal local de treinos e remadas a represa de Itupararanga na região de Sorocaba (SP), mas adorava o mar e, como dizia, “A(MAR)”.
Juju era frequentadora do litoral norte paulista, sendo as praias de Camburizinho, Barra do Sahy e Itamambuca seus locais preferidos, onde cultivou muitas amizades. Aliás, fazer amigos era uma de suas maiores qualidades.
Ela iniciou no Standup Paddle no Clube do Remo Itupararanga, participando de diversas provas e eventos, ajudando a desenvolver o SUP na região. Algum tempo depois descobriu o Va’a e foi paixão na primeira remada. Seus locais de treinos eram a raia da USP, na capital paulista, e o litoral norte do estado.
Seu lema era “Viva Seu Sonho”, e com essa filosofia foi uma das responsáveis por trazer a primeira canoa OC6 para Itupararanga, juntamente com Dario Lara, em agosto de 2017, ajudando a realizar o sonho de muitos remadores da região, afinal foi a primeira canoa havaiana a navegar nas águas da represa.
Grande entusiasta do va’a, junto ao Clube do Remo Itupararanga, Juju trouxe novos remadores, motivou outros remadores a remarem canoa e assim a modalidade foi se desenvolvendo na região. Em maio de 2019 atuou diretamente na criação do Valhalla Itupararanga Team, um grupo criado “de remadores para remadores”.
Arquiteta de profissão, e como gostava de seu trabalho, utilizava sua criatividade para ajudar remadores, clubes e associações na criação dos logos, mensagens, banners, design das canoas, design dos uniformes e redes sociais.
Juju também teve atuação decisiva na organização do Circuito Paulista de SUP – CPSUP e na criação do BR4ALL, primeiro evento virtual de remo do Brasil, que, em tempos de pandemia, incentivou os remadores a continuarem remando e mesmo à distância, participarem de um evento.
No Aloha Spirit Festival, evento onde era presença constante, competia no SUP e no Va’a, sempre incentivando iniciantes a participar do evento. Para ela, o que realmente importava era remar ao lado de amigos e viver a vida em sua plenitude, incorporando o espírito aloha, o respeito, a amizade, o amor à natureza e tudo o que nos proporciona genuína felicidade.
Juju nos deixou no dia 01 de janeiro, aos 44 anos, após sofrer um infarto fulminante. Ela nos deixa fisicamente, mas permanecerá em nossa memória e nossos corações por todos os momentos vividos, as remadas realizadas e sua preocupação em ajudar sem querer nada em troca. Seu legado de amor por tudo e por todos seguirá nos inspirando e motivando.
Valeu, Juju! Aloha