O que fazer ao avistar um pinguim durante a remada?

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Pinguim remada
Nos meses de inverno é comum avistar pinguins aparentemente debilitados nas águas do sul e sudeste do Brasil. Foto: Reprodução

Com a chegada do inverno tornam-se comuns os relatos de encontros com pinguins aparentemente debilitados nas praias do Sul e Sudeste brasileiro. Muitos remadores se perguntam sobre como proceder nesses casos.

Na maioria das vezes, esses animais se aproximam da costa porque estão cansados e estressados devido à longa jornada. Porém, nem sempre a presença de um pinguim em águas mais rasas significará que o animal está debilitado e precisando de ajuda.

Segundo o Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos, o Ipram, todo ano centenas dessas aves são encontradas e quase sempre as pessoas não sabem como agir.

Veja abaixo algumas dicas sobre como agir ao avistar um pinguim na praia:

Pinguins na praia
Ao contrário do que muitos imaginam, os pinguins que chegam ao litoral do Brasil não migram da Antártica, mas da costa da patagônia, ao sul do nosso continente. Foto: CePRAM

Pinguim nadando

Caso você veja um pinguim nadando próximo à praia, fugindo das pessoas, nadando entre os barcos, ativo e esperto, não tente capturá-lo, deixe-o livre. Ele ainda está saudável, não necessita ser resgatado e você pode se ferir na tentativa.

Ele só deve ser capturado em caso de encalhe. Afaste-se para permitir que ele venha para a praia caso esteja debilitado, do contrário a ave vai ficar com medo e não vai sair da água.

Pinguim na areia, com sinais evidentes de fadiga

Se o pinguim estiver fraco, boiando próximo à praia, “capotando” nas ondas, sendo jogado contra as pedras, ou cansado na areia, você pode capturá-lo, para manter o animal em segurança, enquanto aciona os órgãos ambientais de sua região.

Com tranquilidade e sem movimentos bruscos, segure o pinguim pelas costas, use as palmas das mãos abertas sobre as asas, segurando-o de maneira firme, mas sem apertar muito. Evite aproximar seu rosto do animal, que mesmo exausto, pode tentar bicar você num instinto de autopreservação.

Você deve guarda-lo em uma caixa de papelão forrada com jornal ou pano. Mantenha-o seco, aquecido e longe dos curiosos.

Se possível, próximo a uma lâmpada incandescente para ajudar no aquecimento. Se esses cuidados não forem tomados, ele poderá morrer.

Não o molhe, nem o coloque para nadar. Não tente alimentá-lo, não o manipule e não deixe que crianças encostem nele.

Mantenha o pinguim seco e aquecido

Os pinguins encontrados no Brasil são a espécie Magalhães. Eles não vivem no gelo da Antártida. São originários da Patagônia, no extremo sul do continente, e possuem temperatura corporal entre 38,5 e 41 ºC.

Em nosso país eles chegam cansados, desnutridos e com frio, pois esgotaram suas reservas energéticas. Pessoas bem-intencionadas que colocam pinguins em locais frios os levam a óbito por hipotermia.

Da mesma maneira, se você o molhar, ele continuará encharcado e com frio, o que pode levá-lo à morte.

Para onde levar o pinguim?

Após manter o animal aquecido e em segurança, informe os órgãos ambientais de sua região sobre o pinguim.

Eles irão encaminhar técnicos responsáveis pelo recolhimento da ave, ou orientar você sobre o local mais próximo de seu município onde você poderá deixa-la para os cuidados em sua reabilitação.

Se for necessário transportar o pinguim até lá, você não deve colocá-lo no porta malas ou em compartimentos abafados, pois ele morrerá no calor excessivo. 

É importante lembrar que o encalhe de pinguins mortos também pode ser comunicado aos órgãos oficiais, pois a análise desses dados colabora para a investigação do fenômeno.

Telefones para acionamento pela população

Espírito Santo:

0800 039 5005

Litoral norte do Rio de Janeiro:

0800 026 2828

PMP Área RJ

0800 999 5151

PMP Área SC/ PR e Área SP

0800 642 3341

Fonte: Ipram

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