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Um acidente envolvendo uma caminhonete desgovernada e um Moai causou grande consternação na Ilha da Páscoa, ilha polinésia pertencente ao Chile que recebeu ano passado o Pan-Americano de Va’a.
Além do Moai, a caminhonete também atingiu uma “ahu”, estrutura mortuária cerimonial que suporta cerca de metade das quase mil estátuas, ou seus restos mortais, de acordo com autoridades locais e arqueólogos.
Os Moais, como são conhecidas as estátuas na Ilha de Páscoa em forma de bustos enormes, estão ali há séculos.
Elas são sagradas para o povo da ilha, que as reverencia como memoriais de seus ancestrais.
Algumas das estátuas são figuras cheias, enterradas até o pescoço em trincheiras, encostas ou pedreiras.
Outras, foram erguidas em estruturas ahu e tombadas durante um período de luta civil que começou em 1700, ou foram derrubadas por desastres naturais, como terremotos.
Apenas 50 estátuas foram reerguidas em vários ahu, e o restante permaneceu tombado.
Foi exatamente uma dessas estruturas atingida pela caminhonete.
Autoridades locais ainda investigam as causas do acidente, uma vez que a caminhonete que atingiu o Moai foi encontrada abandonada.
Uma das hipóteses é a de que o veículo estava estacionado no alto de uma ladeira. Sem o freio de mão acionado, ele acabou descendo sem controle atingindo em cheio a estrutura ancestral.
No entanto, o proprietário da caminhonete já foi localizado e se encontra detido até que a polícia conclua o inquérito.
O ahu atingido é conhecido como Ahu Pu a Pau, uma referência ao nome da enseada onde está.
A estrutura, localizada no setor de Pu A Pau, tinha cerca de um metro e meio de comprimento, e era uma das menores da ilha.
“O dano aqui não é apenas material, para nós um moai é a representação de nossos ancestrais“, disse Andrea Tuki, arqueóloga de Rapa Nui.