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Amyr Klink, navegador brasileiro famoso por suas conquistas no mar, concedeu uma entrevista recente à revista ISTOÉ em que abordou temas como a preservação do meio ambiente e a situação dos mares do planeta.
Klink entrou para a história da navegação mundial em 1984, ao se tornar a primeira pessoa a atravessar o Atlântico Sul remando sozinho. Desde então, ficou conhecido por suas expedições no mar e por seus livros, como o best-seller “Cem Dias entre Céu e Mar”, que conta a história dessa travessia.
Aos 67 anos, Klink ainda se dedica ao mar, ampliando uma marina que construiu em Paraty (RJ) e que abriga cerca de 300 barcos. Com sua experiência, ele tem muito a dizer sobre as condições dos mares do planeta.
Na entrevista, o navegador diz que não se vê como um “herói brasileiro”, mas deixa claro que reconhece seu valor: “Eu não fico acompanhando. Puxa, me comparam ao Ayrton Senna. Ele tinha recursos ilimitados, só se preocupava em fazer o que ele melhor sabia fazer. Eu vivi num mundo totalmente diferente, de restrições técnicas e financeiras“.
Sobre a tecnologia atual e sua influência na navegação, Klink pondera que, embora a tecnologia ajude em alguns aspectos, ela também pode contaminar. “Você tem informações tão precisas hoje que se as tivesse na época, talvez eu tivesse desistido da viagem“, disse.
No entanto, ele destaca o avanço da tecnologia na cartografia: “Para você ter uma ideia, para navegar em alguns lugares das Falklands você precisa ter umas 20 cartas náuticas. Algumas dessas cartas custam 25 libras, são caras. Na rede, você tem toda a cartografia do planeta por R$ 49,90. E se você quiser atualizar os dados, tem outro aplicativo que faz isso por um dólar ao mês“.
Sobre sua relação com os oceanos, Amyr menciona que algo que mudou em sua vida foi o mar. Ele explica que, ao passar mais tempo observando e explorando o oceano, começou a desenvolver uma nova perspectiva sobre a vida e o mundo, e por isso mesmo está bastante preocupado com as mudanças que vem testemunhando nos últimos anos: “Nos últimos 20 ou 30 anos, a saúde do mar está piorando, com grande chance de ser reflexo do aquecimento global, com ventos muito mais fortes”, destacou.
Klink também é um forte crítico da atuação do governo na preservação da cultura dos pescadores e jangadeiros, destacando a importância de valorizar essas atividades e proteger o meio ambiente.
Com sua vasta experiência no mar, Amyr Klink traz importantes reflexões sobre a relação entre o ser humano e o meio ambiente, mostrando a importância de preservarmos os mares do planeta para as próximas gerações. Para ler a entrevista na íntegra clique AQUI.