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Um dos grandes fomentadores da maratona aquática no Brasil, Samir Barel começou a semana fazendo o que mais gosta: nadando e inspirando pessoas. Na última segunda-feira (16/08) o nadador de Campinas concluiu os 37 quilômetros da travessia da Ilha Grande, no Rio de Janeiro. Foram 9h46min13seg, um tempo bastante expressivo para a distância e novo recorde do percurso entre a praia de Meros e Abraãozinho.
A primeira ultramaratona solo realizada pelo atleta de 38 anos no Rio de Janeiro não estava nos planos dessa temporada. A meta era encarar os 36k da Volta a Ilha de Atlantic City, em New Jersey, nos Estados Unidos. Devido a pandemia e as restrições impostas pelo governo norte-americano para a entrada de brasileiros no país, Samir teve que adiar os planos para o próximo ano. Como a prova na costa leste dos EUA também era no mês de agosto, o nadador decidiu aproveitar toda a preparação já realizada e prestigiar um dos locais mais belos do Brasil.
“Já trouxe vários atletas para nadar na Ilha Grande. O Renato Ribeiro tem feito um trabalho excepcional para divulgar e valorizar esse patrimônio natural do nosso país. Recebi o convite para participar com muita honra e satisfação. Tava muito bem treinado, fiz a preparação física com a Carol Morelli, que ajudou muito na sustentação da técnica e qualidade do nado durante a prova, além de um trabalho de mobilidade com o Alexander Rehder, fisioterapueta proprietário do Espaço Sete, que melhorou muito uma lesão que tive na lombar. E, claro, não posso deixar de citar a minha preparação mental, trabalho que faço com a Neuroesporte, empresa da minha esposa Larissa Zink“, conta o treinador e único brasileiro vencedor da Tríplice Coroa das Águas Abertas (Canal da Mancha, Catalina e Volta a Ilha de Manhattan).
Segundo Barel, Ilha Grande se mostrou um destino bastante versátil para os fãs de desafios oceânicos. Os percursos de 16k, 37k, 48k e 85k (volta completa na ilha) atendem tanto iniciantes em ultramaratona como atletas mais experientes.
“Tecnicamente falando, pude vivenciar todos os aspectos de uma maratona aquática nesse trajeto. Peguei uma corrente contra no começo da prova, depois uma boa parte com a correnteza a favor. No terceiro quarto da prova, por assim dizer, peguei a água bem lisinha, e faltando uns 6 quilômetros pro final o mar estava bem mexido pois o tempo virou. Choveu um pouco e o vento ficou mais forte, então precisei fazer mais força. Mas no geral é uma prova muito legal, uma experiência realmente“, explica o nadador, que tem patrocínio da marca de cosméticos Rosa dos Ventos e parceria com a Kpaloa e Polar Brasil.