Prancha Mágica: Por Aline Abad
Na coluna "Prancha Mágica" dessa semana, a remadora da Elite nacional, Aline Abad fala sobre seu stand up ... leia mais
Após a passagem do Aloha Spirit Nordeste por Maceió (AL) em setembro deste ano, o legado do maior festival de esportes aquáticos da América Latina já pode ser sentido na capital alagoana. O evento gerou um aumento expressivo de interessados em canoagem polinésia na região, trazendo um impacto imediato nos clubes locais. Desde então, a demanda por aulas de va’a aumentou tanto que três clubes de Maceió adquiriram quatro novas canoas para atender o público.
Além do aumento no número de praticantes, Maceió também se torna atraente para o mercado de clínicas de canoagem. Prova disso é a recente visita de Carlos Chinês, referência na va’a nacional, que realizou uma clínica através de uma ação dos clube Maceió Canoe Club, que compartilhou suas técnicas e conhecimentos sobre a modalidade.
Para Márcio Efe, remador do clube Maori va’a, o Aloha Spirit Nordeste também despertou o desejo competitivo nos praticantes locais: “No nosso clube e também nos outros, a gente tem sentido que pessoas que antes nos procuravam apenas para fazer um passeio de canoa e ver o pôr do sol, agora estão pensando em competir, e com certeza o Aloha Spirit Nordeste aguçou esse espírito de competição”, comenta.
O Aloha Spirit Nordeste reuniu atletas de todo o Brasil, consolidando o evento como um marco importante para a canoagem polinésia na região. Este fenômeno já é conhecido em outras cidades, onde o Aloha Spirit deixou sua marca. Em 2009, a primeira edição do festival foi realizada em Ilhabela, um local que até então não possuía clubes de va’a. Hoje, a cidade é um dos principais polos da modalidade no país, atraindo praticantes e competidores de diferentes estados. Outras cidades como Vitória (ES) e Salvador (BA) também seguiram o mesmo caminho, consolidando-se como importantes centros de va’a após a passagem do Aloha por lá.
“Muita gente que rema hoje em dia não viu como eram Ilhabela, Salvador e Vitória e como estão hoje, em termos de número de praticantes de va’a, após da passagem do Aloha Spirit por lá. Agora, o mesmo fenômeno acontece em Maceió”
João Castro, CEO da Ecooutdoor e diretor de prova do Aloha Spirit Festival, vê em Maceió um exemplo do que o festival é capaz de inspirar: “Muita gente que rema hoje em dia não passou por esse processo, ou seja, não viu lugares como eram Ilhabela, Salvador e Vitória e como estão hoje em termos de número de praticantes e interesse na modalidade. Agora, o mesmo fenômeno acontece em Maceió, com as escolas comprando mais canoas e a va’a sendo impulsionada após a passagem do Aloha Spirit,” afirma João.
Assim, o Aloha Spirit Festival reforça seu papel pioneiro na popularização da va’a no Brasil. Graças a eventos como esse, que acreditaram no potencial da canoagem polinésia quando poucos apostavam no esporte que se tornou uma verdadeira febre em diversas cidades brasileiras. Maceió, agora com uma cena crescente, se une a essa história de sucesso e reforça o legado duradouro do festival.