Rogerio Mello Martins | Conexão prone paddleboard

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Preparador físico Rogerio Mello Martins fala sobre sua ligação com o prone paddleboard e os planos para o futuro

Rogerio em mais um dia de treinos em Santos (SP). Foto: AP

O santista Rogerio Mello Martins tem um longo histórico ligado aos esportes de água. Preparador físico da vários Tops do surfe, como Caio Ibeli, Luan Carvalho, Jair Oliveira, entre outros, além de ter atuado durante anos na Equipe Santista de Surfe, Rogério Também competiu em algumas provas nacionais de SUP Race obtendo bons resultados.
Em 2017 ele passou a praticar o prone paddleboard e desde então mergulhou de cabeça na modalidade e já colhe bons resultados como o vice-campeonato do KOPA 2018, válido como seletiva para o Mundial da ISA.
Na entrevista a seguir, ele conta mais um pouco sobre sua relação com a modalidade:

Há quanto tempo você rema de prone paddleboard?

Em meados de 2017 um amigo me emprestou um equipamento de paddleboard, até então nunca havia experimentado. Peguei gosto e desde então pratico semanalmente.

O que te levou a praticar?

O mar faz parte da minha vida, procuro estar diariamente, seja através do surfe, SUP race e agora paddleboard. Tais atividades estão ligadas e se complementam em um condicionamento físico em dias flat.

Você como educador físico poderia listar os benefícios do prone paddleboard?

É uma atividade sem impacto e aeróbica; excelente na queima de calorias. Além disso, proporciona equilíbrio corporal, fortalecimento e flexibilidade muscular dos membros superiores, melhora a postura, ativa a circulação melhorando a oxigenação do corpo. Por ser um praticante, recomendo e afirmo que os benefícios podem ser sentidos já nas primeiras semanas.

Durante o Kialoa Paddle Challenge 2018 – Primeira prova longa de que participou. Foto: Carla Falleiros.

Nos anos 90, início dos anos 2000, havia muita gente remando de paddleboard em Santos. Depois, a modalidade quase desapareceu. Como é que está atualmente?

Essa modalidade vem sendo mais divulgada e consequentemente ganhando força, embora ainda pouco praticada. Mas tenho notado interesse por praticantes de outras modalidades aquáticas. Em Santos, encontro frequentemente alguns antigos remadores como Rafael Saracura (Palhaço) e o Renato Solano, que vem dessa geração.

Acredito que o paddlelboard está em um momento de ascensão com gente muito boa trabalhando em prol da modalidade. Eu particularmente busco conhecimento observando e conversando com praticantes mais experientes como o Patrick Winkler e Mauricio Abubakir.

Como proprietário de uma guardaria aqui na cidade de Santos, e um apaixonado pelo paddlelboard, estou trabalhando em um projeto em que busco produzir imagens e vídeos para incentivar mais gente a praticar a modalidade, para que futuramente tenhamos muitos adeptos.

Em agosto nós publicamos um artigo pra chamar a atenção da comunidade sobre a importância de mais provas longas de paddleboard no Brasil. Queria saber a tua opinião sobre isso.

Gosto de navegar e me identifico com mar, por isso esse é um modelo de remada que me atrai. Estar em sintonia com a natureza me motiva. As provas longas são alucinantes e tudo acontece. Treinar pra esse tipo de prova faz você conhecer seu corpo e mente, pois, além da preparação física, uma boa suplementação e leitura de mar fazem toda diferença em travessias.

Minhas experiências foram os 21 km do KPC, na represa de Guarapiranga, e 12 km do Kopa, todas de recuperação. Prova longa permite a correção de erros possibilitando novas estratégias, principalmente no downwind, onde venho me especializando. Gostaria que tivéssemos no mínimo três eventos desafiadores de paddleboad aproveitando downwind.

Rogerio (à dir.) Junto à galera que está levando adiante o prone paddleboard em SP. Da esq. para dir.: Felipe Barone, Oswaldo “Badu”, Arthur Barone e patrick Winkler. Foto: AP

O que você achou da prova do Kopa?

Foi a melhor prova que participei. Tudo estava redondo: staff, logística, cuidados com os equipamentos e condições favoráveis para o paddleboard, foi a prova que mais surfei e me diverti.

Quais são suas metas daqui pra frente?

Além das minhas atividades com a Guardaria Da Ruy, estou bem focado no prone paddleboard. Tenho uma equipe multidisciplinar que me orienta em meus treinos e projetos e quero ter a oportunidade de conhecer novos equipamentos, aumentar o número de adeptos do paddleboard na região e buscar novos desafios.

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