Entrevista: Varena Tepava e a dança polinésia
Varena Tepava está visitando o Brasil ao lado do marido, David Tepava, e realizará clínicas de dança ... leia mais
Entre os primeiros relatos feitos por europeus sobre os havaianos, destacavam-se as observações sobre sua extraordinária forma física e sua intimidade com o mar.
Vivendo cercados por água, não é exagero dizer que os havaianos se sentiam tão à vontade para nadar quanto para caminhar em terra.
Segundo o historiador Peter Westwick, professor da University of Southern California, o fato de haver ondas grandes perfeitas e poderosas, quebrando junto à praia, em praticamente todas as ilhas do arquipélago, exigia dos havaianos um preparo físico extraordinário e uma relação íntima com o oceano. Era, portanto, também uma questão de sobrevivência.
Essas circunstâncias fizeram com que os havaianos se tornassem nadadores extremamente habilidosos, que adoravam praticar esportes aquáticos.
Mais do que isso, os esportes praticados na água testavam a coragem e a habilidade de seus praticantes, sendo também uma vitrine para que os reis havaianos escolhessem os mais capacitados para seus exércitos – e guerrear era praticamente outro passatempo entre as ilhas do arquipélago.
A canoagem (wa’a) e o surfe (he’e nalu) são os esportes de água ancestrais havaianos mais conhecidos, porém, havia uma série de outras atividades físicas praticadas no mar muito interessantes e que também faziam parte do cotidiano desse povo. Conheça algumas delas:
Este é possivelmente o esporte havaiano mais famoso além do surfe e da canoa havaiana, porém, pouca gente sabe que foi criado no Havaí.
“Lele Kawa” nada mais é do que o mergulho de penhasco, hoje conhecido como “Cliff Diving” e bastante difundido pela Red Bull, que promove um circuito mundial anual da modalidade.
Kahekili II, rei de Maui, criou o esporte em 1770. Ele o batizou de “lele kawa”, que significa “pular de penhascos altos e entrar na água com os pés primeiro sem respingar muita água”.
Trata-se de uma variação do Lele Kawa. Porém, aqui o que conta é pular do lugar mais alto esparramando a maior quantidade de água possível.
É o ancestral da apneia aquática. Ou seja, vencia aquele que permanecesse por mais tempo debaixo d’água prendendo a respiração.
Basicamente, a prática do Kaupua consiste em mergulhar até chara a um objeto submerso, como uma rocha ou um coco. Vencia quem conseguisse alcançar o objeto mais distante.
Consiste na prática de surfar ondas com o próprio corpo, hoje conhecida como Bodysurf ou Surfe de Peito, o popular “Jacaré”.
No passado, os havaianos promoviam um grande festival para homenagear o deus Lono, ligado à fertilidade, agricultura, chuva, música e paz.
O festival era chamado de Makahiki e coincidia com o fim do período dos trabalhos nas lavouras sendo, portanto, a época da colheita.
Durante a temporada de Makahiki, que durava cerca de quatro meses, o trabalho era proibido e havia festivais de música, dança e esporte onde eram realizadas competições em terra e na água.