
Brasil vai desfalcado ao PASA Pan-Americano 2025
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Realizada logo após o Mundial da ISA, a etapa final do ALAS Pro Tour em El Salvador encerrou a temporada de Stand Up Paddle em grande estilo, destacando-se não apenas pelo alto nível técnico, mas por uma estrutura e premiação que apontam para um futuro promissor no cenário global. Com uma performance expressiva dos atletas brasileiros e a direção técnica do experiente Américo Pinheiro nas provas de Race, o evento reforçou o potencial do circuito latino-americano para se tornar o mais rentável e desejado do mundo.
A competição, que aconteceu na paradisíaca Punta Mango, impressionou pela organização. Segundo Américo Pinheiro, a estrutura montada foi uma das maiores e mais bem equipadas já vistas em um campeonato da modalidade. O ALAS Tour distribuiu uma premiação total de 180 mil dólares, com 20 mil dólares destinados a cada uma das modalidades de SUP (Race e Surf), um valor que serviu como grande motivação para os atletas.
“O que mais me impressionou foi a estrutura”, comentou Pinheiro. “Ao chegar em Punta Mango, local que, há dois meses, não possuía nenhuma infraestrutura, encontrei uma das maiores e mais bem equipadas vistas em um campeonato de stand up paddle.”

No SUP Race Técnico, Pinheiro implementou um formato inovador com três provas, onde a somatória dos resultados definia o campeão, tornando a disputa mais justa e emocionante. Na categoria feminina, a jovem brasileira Rebeka Klotz foi a grande surpresa. A atleta júnior conquistou um impressionante terceiro lugar, superando competidoras mais experientes e mostrando grande maturidade técnica. A argentina Juliette Duhaime, que também é treinada por Pinheiro, dominou a prova e sagrou-se campeã. As brasileiras Roseli Krepel e Jessika Moah ficaram em quarto e quinto lugar, respectivamente, com Alma Coletta (ARG) na segunda colocação.
No masculino, a disputa foi acirrada. O peruano Itzel Delgado mostrou consistência e garantiu o título, mas o brasileiro Eri Tenório teve uma performance crescente e conquistou o vice-campeonato. David Leão, especialista em provas de Sprint, venceu a primeira bateria, mas não manteve o ritmo nas seguintes.

O show brasileiro continuou no SUP Surf. O veterano Leco Salazar mostrou, mais uma vez, que se mantém está em plena forma ao vencer a categoria masculina, com Luiz Diniz completando o pódio na quarta colocação. O francês Benoit Carpentier ficou com o vice-campeonato e o peruano Sebastián Gómez completou o pódio com a terceira colocação.
No feminino, as brasileiras Aline Adisaka e Gabriela Sztemfater ficaram, respectivamente, em terceiro e quarto lugar. Vania Torres, do Peru, foi a campeã e Lucía Cosoleto, da Argentina, vice-campeã.

Fundada em 2000, a Associação Latino-Americana de Surfistas Profissionais (ALAS) tem sido um catalisador para a profissionalização do surf no continente e, desde 2022, abriu suas portas para atletas de todo o mundo, tornando-se também um circuito classificatório para os Jogos Pan-Americanos.
Para Américo Pinheiro, o sucesso da etapa em El Salvador é um sinal claro do potencial do circuito. Em um cenário internacional onde outras ligas enfrentam dificuldades, o ALAS surge como uma alternativa robusta e atrativa.

“Diante de um cenário internacional desafiador, com a APP e o Euro Tour enfrentando dificuldades, acreditamos que o ALAS pode se tornar o circuito dos sonhos para essas modalidades, integrando SUP Surf e SUP Race em locais paradisíacos com ondas de qualidade e premiações significativas”, avaliou Pinheiro.
Após o sucesso do evento, Pinheiro foi convidado para participar do planejamento do circuito para o próximo ano, um reconhecimento ao seu trabalho. “Tenho grande satisfação em estar envolvido nesse projeto e em minhas funções como técnico, chefe de equipe e diretor de provas internacionais, com expectativas de crescimento contínuo. Que venha 2026”, concluiu.