Abertura do Campeonato Brasileiro de Va’a tem fala impactante de Nanda Baniwa e Kimokeo Kapahulehua
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Em meio a mais de 2000 inscrições, uma equipe promete chamar a atenção nesta edição do Aloha Spirit Ilhabela: um time da categoria OC6 composto por ex-atletas da canoagem slalom, rafting e caiaque extremo, modalidades praticadas em corredeiras. Apesar dos títulos na bagagem – Mundiais, Sul-Americanos e Brasileiros –, a grande maioria deles não tem experiência na canoa havaiana.
“Eu já era louco pra conhecer esse evento de perto e testar em atletas experientes para ter avaliações concretas a respeito de nossos equipamentos, que já são testados pelas mais nobres referências da modalidade. Conversando com o João Castro, CEO do Aloha, veio a ideia de convidar amigos, atletas e ex-atletas oriundos da Associação de Canoagem de Piracicaba (ASCAPI) para participar. Quando vi, já tínhamos feito encontros virtuais e montado um belíssimo time com muitas histórias e lembranças prazerosas”, conta Edrei Ascêncio, chefe da equipe e dono da Canoe Brasil, empresa de equipamentos para esportes aquáticos e uma das patrocinadoras da competição.
O desafio é ainda maior porque, além de alguns integrantes nunca terem remado em canoa havaiana, cada um mora em uma região do país, da Bahia ao Rio Grande do Sul.
“Mesmo não conseguindo nos encontrar para remar, tentamos não deixar a rotina de treinos de lado. Cada um fica no seu canto e alinhamos tudo pelo WhatsApp e por ligações de vídeo, mas nem por isso a cobrança é menor. Monitoramos a rotina de treinos e até o peso de cada um, para definir as melhores posições na canoa”, explica Filipi Santin de Souza, ex-atleta da seleção brasileira de canoagem slalom.
Até então, os ex-atletas só se encontravam em competições da canoagem, onde cada um tem seu objetivo pessoal; agora, o desafio é pensar em conjunto, como time. “São atletas de altíssimo nível nas suas modalidades, mas que precisam de muito entrosamento, pensamento coletivo e sincronia. Vai ser uma responsabilidade muito grande desempenhar a função de leme e capitão dessa equipe, por isso tenho me empenhado nos treinos aqui em Ilhéus (BA), no clube Serra Va’a. Meu objetivo é desenvolver as técnicas de navegação no mar a partir das experiências que tive em mais de 15 anos de dedicação nos rios”, afirma Tiago Nicola, ex-atleta da canoagem slalom e campeão sul-americano em 2002.
A equipe ASCAPI/Canoe conta ainda com mais quatro integrantes: Pedro Aversa e Thiago Serra, campões mundiais de rafting e ex-integrantes da Seleção Brasileira de Canoagem Slalom, Thiago Diniz (Chicão), campeão mundial de rafting e campeão brasileiro de caiaque extremo, e João Vitor Machado, campeão brasileiro e panamericano de canoagem slalom.
Distante das competições desde o início da pandemia, Thiago conta que foi difícil manter os treinamentos em dia durante a pandemia. “Foi um período em que coloquei mais energia no meu desenvolvimento pessoal e profissional, mas sempre tentando ao máximo manter o contato com a água. Quando a ideia de participar do Aloha começou a ganhar forma, encarei como uma oportunidade de vivenciar uma experiência em conjunto com atletas que foram a minha referência dentro da canoagem e, de quebra, conhecer uma nova modalidade”, empolga-se.
Pedro também está otimista com a prova e animado com a oportunidade de remar com um time de veteranos. “Sou de uma geração mais nova que a deles, então nunca remamos juntos. Mas já escutei tantas histórias e admiro muito o que eles já fizeram pela canoagem e pela nossa associação. Me sinto honrado de dividir o barco com eles”, diz.
João Vitor, mais conhecido como Bombacha, também está vibrando com a oportunidade. “Vai ser uma experiência incrível participar de tamanho evento como o Aloha, uma prova de longa distância totalmente diferente das provas de slalom, que duram aproximadamente 90 segundos. A intensidade é outra, embarcação e remadas bem distintas do que a gente praticou a vida toda. Não temos muita noção de correntes do mar, mas estamos amarradões nessa experiência inédita. É muito irado quando a gente se encontra, e agora pra remar juntos, melhor ainda”.
A organização do Aloha Spirit Festival deseja boa sorte ao time de veteranos!
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