Brasil alcança recorde histórico de medalhas no Pan-Americano de Va’a

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Pan-Americano de Va'a
Encerrado no último domingo (24) em Niterói, Pan-Americano de Va’a teve a participação de delegações representando oito nações e cerca de 800 atletas. Foto: Ádamo Mello

O Brasil alcançou um total de 125 medalhas no Pan-Americano de Va’a, encerrado no último domingo (24), na praia de São Francisco, em Niterói (RJ). O desempenho superou a marca histórica de 2023, quando a equipe brasileira garantiu 101 pódios na edição realizada em Vitória (ES).

Seis nações participaram do evento, reunindo aproximadamente 800 atletas nas águas de Niterói. No quadro geral de medalhas, os remadores brasileiros conquistaram 57 ouros, 39 pratas e 29 bronzes. O Chile ficou em segundo lugar, com oito de ouro, oito de prata e dez de bronze. A equipe de Rapa Nui veio em seguida, com quatro de ouro, quatro de prata e cinco de bronze. A Argentina faturou um ouro, quatro pratas e dois bronzes. A equipe peruana teve duas medalhas de prata e quatro de bronze, e o Panamá uma de bronze. México e Guiana Francesa terminaram sem medalhas.

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O evento contou com uma grande estrutura montada na praia, com arquibancadas para o público, áreas dedicadas aos atletas, expositores, um estúdio de tatuagem e apresentações musicais, servindo de vitrine para a realização do campeonato mundial, que acontecerá no mesmo local, em 2025. Segundo os organizadores, integrantes da delegação da Federação Internacional de Va’a – IVF, que incluiu a atual presidente, Lara Collins, que viajaram ao Brasil para acompanhar de perto a realização do Pan, ficaram bastante satisfeitos com o que viram.

O Mundial de Va’a será realizado em agosto de 2025, com a expectativa de reunir mais de três mil atletas de cerca de 40 nações na praia de São Francisco. Antes da realização do Pan, havia um temor de delegações estrangeiras quanto a questões envolvendo a segurança e a capacidade da cidade em realizar um evento desse porte. Agora, com a conquista da confiança da IVF, CBVA’A e FEVA’ARJ, organizadores da competição, precisam trabalhar em alguns ajustes para aproveitar a oportunidade que o grande evento do próximo ano poderá trazer para impulsionar a canoagem polinésia no Brasil.

PARA ALÉM DA BOLHA – O principal desafio para 2025 será o de “furar a bolha” da va’a e apresentar o esporte para além de seu público nichado. O Pan-Americano seguiu a mesma estratégia de comunicação de etapas de Estaduais e Brasileiro, que é investir na transmissão ao vivo e na contratação de influencers de redes sociais, dando pouca atenção à imprensa.

Como resultado, uma pesquisa no Google revelou que poucas matérias sobre o evento foram publicadas na mídia. Além disso, todas tinham a mesma origem: um release oficial distribuído pela assessoria do evento. Esse conteúdo acabou ofuscado em meio às centenas de notícias sobre futebol que dominam as editorias de esporte nos portais de maior circulação.

O Aloha Spirit Midia, enquanto principal veículo de imprensa especializado em va’a do Brasil, não recebeu um suporte significativo por parte da organização do evento. Exceto por esse mesmo release de notícias, enviado após solicitação de nossa redação, não houve fornecimento de informações ou recursos que possibilitassem uma cobertura mais aprofundada. Essa limitação impactou diretamente a divulgação do Pan em nosso site e, consequentemente, o reconhecimento dos atletas que brilharam em Niterói. Existem pessoas na CBVA’A que sempre foram solicitas comigo, passando informações sobre os eventos sempre que solicitado, mas em uma competição do tamanho de um Pan-Americano, trabalhar dessa forma não seria justo com nenhum dos lados.

Esperamos que esses aspectos sejam aprimorados para que, em 2025, o campeonato mundial de va’a em Niterói atinja todo o seu potencial e receba a visibilidade que merece.

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