Balanço da Nikit Va’a 2021

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Largada da Nikiti Va’a. Foto: @pbotafogo

46 equipes de canoagem polinésia coloriram as águas da cidade de Niterói neste sábado, 21 de agosto, para as disputas da Nikiti Va’a, quarta etapa da Tríplice Coroa, Campeonato Nacional de Va’a Longa Distância.

Um verdadeiro show de remos coroado com um dia perfeito para remada, que motivou as equipes a remarem mais forte ainda.

A lendária Samu foi a fita azul da prova, vencendo um duelo particular contra os atuais campeões brasileiros, He’e Nalu (falaremos mais disso adiante), enquanto a equipe Kawili Va’a, foi a primeira equipe feminina a cruzar a linha de chegada. Já a fita azul da Mista foi cortada pela equipe local Macknight Paddle School.

Girl Power

kawili Paddle Club, campeã da OC-6 Open, cruza a linha de chegada. Foto: Luciano Meneghello

A presença feminina em provas de va’a é cada vez maior e na prova de hoje não foi diferente. Boa parte das equipes que largaram às 8h00 da praia de São Francisco eram formadas por mulheres.

E as equipes femininas deram um show de remos nas águas, com destaque para a briga pela primeira colocação, uma vez que a favorita e atual líder do circuito, Kahu Padle Club, foi superada pela novata kawili Paddle Club.

A Kawili, formada por remadoras de São José dos Campos (SP) e Niterói (RJ), largou forte e botou pressão na Kahu desde o início da prova, até assumir a ponta e vencer a disputa com boa vantagem.

Maluhia Wa’a, representando Cabo Frio, ficou com a terceira colocação.

Atual líder do circuito, Kahu Padle Club ficou com a segunda colocação. Foto: @pbotafogo

A Máster Feminina veio bem representada, com destaque para a campeã, Brava’a, que fez uma bela prova.

Kahu Padle Club Master, Aloha Spirit Team e Vela Jovem Macae fecharam o pódio respectivamente na segunda, terceira e quarta colocações.

Na Super Master Feminina, vitória de Ka Mana TriboHoe, com Marae Va’a e Mulheres no Mar, respectivamente, em segundo e terceiro lugar.

Equipes Mistas

Com duas equipes mistas, a Macknight Paddle School foi medalha de ouro e bronze na competição. Foto: @pbotafogo

Com sete equipes na água, a categoria Mista foi a segunda com maior número de inscritos, perdendo apenas para a OC-6 Open, com dez equipes na largada.

Remando em casa, a Macknight Paddle School fez as honras da casa e conquistou uma bela vitória para orgulho de seu treinador, Dave Macknight, que competiu na equipe V3 da Samu.

A Mana Brasil, uma das mais respeitadas equipes do va’a feminino entrou em campo com uma equipe mista e ficou com a segunda colocação, dando trabalho à MPS.

Na terceira colocação, outra equipe Mista da Macknight Paddle School, colorindo o pódio na cor verde.

Sampa Canoê e Aloha Brothers Br completaram o pódio na quarta e quinta colocações, respectivamente.

V3

A V3 é outra categori em franco crescimento. Foto: @pbotafogo

Samu foi pódio também na V3, e liderou a prova de maneira contundente. Trindade Va’a, Fusão Va’a e Carioca Va’a Master completaram o pódio na segunda, terceira e quarta colocações.

Na V3 Mista, mais uma vitória da equipe Tangaroa, seguida pela Vela Jovem Macaé na segunda colocação.

V6

Equipes de V6 em ação. Foto: @pbotafogo

A V6 é uma categoria que segue em franco crescimento e a tendência é a de cada vez vermos mais canoas desse tipo nas provas, uma vez que é a categoria oficial dos mundiais de va’a para seis remadores.

Vindo diretamente de um dos recantos mais belos do litoral Fluminense, Ilha Grande Va’a fez uma excelente prova, remando junto ao pelotão de elite da prova e conquistou a primeira colocação da V6 Masculino.

Na segunda coloca ficaram os Amigos da Canoa, seguidos pela lendária Rio Va’a, representando um dos mais tradicionais e importantes clubes de va’a do Brasil.

Jorge Freitas e Ilha Grande Va’a B completaram o pódio respectivamente na quarta e quinta colocação.

Experiência, técnica e força bruta

Soul Va’a segue invicta na Máster. Foto: Luciano Meneghello

Um aspecto muito positivo que vem sendo revelado pelo Campeonato Nacional de Va’a Longa Distância da Tríplice Coroa é o alto nível das equipes Master e Super Master de OC-6.

Soul Va’a, campeã da Máster Masculino, segue invicta na liderança do circuito. A equipe, local de Niterói, que conta com o reforço de Rogério Mendes, mais uma vez fez a prova entre as primeiras equipes do ranking “Overall”.

Esquilos Sports, segunda colocada na categoria, também remou muito forte e chegou junto, entre as primeiras equipes.

Chegada da Sampa Canoe Club após disputa pra lá de intensa contra a equipe Carioca Va’a. Foto: Luciano Meneghello

Na Super Master Masculino mais um capítulo da maior rivalidade da história do va’a brasileiro: Carioca Va’a e Sampa Canoe Club, que mais uma vez travaram uma luta feroz pela primeira colocação, andando “coladas” por toda a prova.

No final, vitória da Sampa Canoe Club por uma pequena margem de diferença e mais lenha na fogueira! O placar, que estava dois a um em favor dos cariocas, agora se iguala, com ambas equipes registrando duas vitórias no circuito.

Base Jurema, Aloha Nui Va’a e Vibe Ocean, completaram o pódio da Super Máster respectivamente na terceira, quarta e quinta colocação.

Briga de titãs

Samu e He’e Nalu: um duelo de titãs. Foto: @pbotafogo

Não foram poucas as pessoas que separaram o sábado de manhã para acompanhar o duelo particular entre as duas maiores equipes de va’a brasileiras da atualidade: He’e Nalu e Samu.

A transmissão ao vivo da prova, feita pela Aloha Spirit Tv através do canal do YouTube Aloha Spirit Midia, bombou, ultrapassando os 500 acessos simultâneos.

Não era por menos, afinal He’e Nalu e Samu não se enfrentavam em uma prova desde 2019, quando a equipe de Cabo Frio conquistou o título brasileiro.

Era, portanto, grande a expectativa. Continuaria a equipe He’e Nalu invicta?

Assim que que soou a buzina da largada ambas as equipes largaram muito forte, mas a Samu abriu uma pequena vantagem, assumindo a liderança.

Com o mar bem flat e pouco vento no interior da baía da praia de Charitas, era impressionante testemunhar o vigor da remada dessas equipes.

Essa disputa manteve-se feroz quando a prova passou a ser disputada em águas abertas, com a Samu na liderança e a He’e Nalu sempre na cola.

Porém, após o contorno da Ilha Mãe, que marcava a metade da prova, a Samu foi gradualmente abrindo vantagem.

A dúvida seria se a He’e Nalu estava se poupando para dar o bote na reta final. Porém, à medida que a linha de chegada se aproximava, a Samu não só conseguia manter sua posição, como aumentou um pouco mais a diferença.

No final, com ambas as equipes muito distantes das demais, vitória da equipe Samu com cerca de um minuto de diferença para a He’e Nalu. Uma verdadeira “briga de titãs” que só engrandece nosso esporte.

Guanabara, Brava’a e Hui Hoa Búzios completaram o pódio respectivamente na terceira, quarta e quinta colocação.

Os resultados oficiais e tempos serão divulgados no site ecooutdoor.com.br nos próximos dias.

A Tríplice Coroa chega a sua reta final com somente mais duas etapas:  Ilha Grande (RJ), em setembro e Ilhabela, fechando o Campeonato Nacional de Va’a Longa Distância com a VIBE no mês de dezembro.

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