Mau tempo interrompe expedição Solo Kayak to Hawaii

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Solo Kayak to Hawaii
Cyril Derreumaux, ao centro de camisa vermelha e bermuda preta, já em terra firme com a equipe da Guarda Costeira que efetuou o resgate. Foto: Reprodução

O remador francês Cyril Derreumaux, 44 anos, que na última segunda-feira, 31 de maio, deu início à expedição Solo Kayak to Hawaii, com o objetivo de chegar remando em um caiaque oceânico da Califórnia ao Havaí, foi obrigado a abandonar a expedição nesta madrugada de sábado para domingo.

Desde o meio da semana, o remador vinha sofrendo com fortes ventos e um swell mais potente do que o esperado, que impediam Valentine, nome dado a seu caiaque transoceânico, de avançar na direção certa.

Sem conseguir progresso, Derreumaux optou por ancorar a embarcação a cerca de 100 km da costa da Califórnia, enquanto esperava dentro de seu casulo por condições mais favoráveis de mar.

Contudo, na noite de sábado os ventos tornaram-se ainda mais intensos, com potência de 30-35 nós, e rajadas a 45 nós, enquanto as ondas, com cerca de 4,5 metros, passaram a atingir Valentine implacavelmente a ponto de sua âncora marítima não resistir à pressão, fazendo com que o caiaque transoceânico ficasse perigosamente à deriva.

Solo Kayak to Hawaii
Caiaque oceânico foi atingido sem parar por ondas de até 4,5 m e rajadas de vento de 45 nós: “Ao cair da noite, ficou claro que a situação havia se tornado insustentável“. Foto: Reprodução

Ao cair da noite, ficou claro que a situação havia se tornado insustentável: Incapacidade de comer, beber, dormir, me comunicar facilmente com minha equipe em terra“, declarou Derreumaux.

O remador e sua equipe de apoio em terra chegaram à conclusão de os riscos haviam se tornado muito altos e a Guarda Costeira foi acionada.

Uma operação de Busca e Resgate foi realizada através de um helicóptero da Guarda Costeira que localizou o remador por volta da meia noite.

Cyril Derreumaux foi içado para a aeronave e transportando em segurança para terra firme, mas seu caiaque transoceânico permanece à deriva e uma nova operação será realizada para trazer a embarcação de volta nos próximos dias.

Apesar do susto e do sonho adiado, o remador escreveu em seu diário que não desistirá de realizar a travessia.

Gostaria de agradecer a todos os que acompanham esta travessia no dia a dia. Eu sabia desde o início que seria uma coisa difícil. Toda a preparação para esta expedição foi feita sob o signo do controle de riscos e segurança, e é também esse controle que norteou minhas escolhas na noite passada.

Grandes alegrias surgem dos nossos desafios e da ambição que colocamos neles, e quando há grandes dificuldades é porque o desafio é grande!

O moral está bom, ainda tenho minha paixão intacta por essa aventura, e ainda estou determinado a fazer acontecer. Não vou desistir”, concluiu Cyril Derreumaux.

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