Jeferson Libório ensina canoagem para crianças carentes em Projeto Social no Guarujá

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Jefferson Libório ao lado de sua filha, Bruna (à esq.) ao lado da algumas das crianças atendidas por seu projeto durante competição de canoagem em Santos (SP).
Jeferson Libório ao lado de sua filha, Bruna (à esq.) ao lado da algumas das crianças atendidas por seu projeto durante competição de canoagem em Santos (SP). Foto: Daniel Garcia Pajaro

Nascido e criado na comunidade de Santa Cruz dos Navegantes, popularmente conhecida como Pouca Farinha, no Guarujá, Jeferson Libório, 40 anos, pratica canoagem desde os 17 e é reconhecido como um dos grandes nomes da modalidade no Brasil.

A comunidade fica localizada em frente à entrada do canal do Porto de Santos, uma área muito frequentada por remadores devido a suas águas abrigadas.

Libório conta que por influência de amigos conseguiu um caiaque e passou a frequentar as aulas do Clube Regatas Santista, do outro lado do canal, na cidade de Santos, em 1997.

Eu atravessava de caiaque com um técnico que começou a me dar aula e comecei a partir pra essa área do esporte”, contou o remador.

Aos 20 anos de idade, ele se mudou em definitivo para Santos, onde mergulhou de vez nos esportes a remo.

No entanto, as raízes não deixaram Libório. Ele se sentiu na obrigação de voltar ao seu antigo bairro e ajudar as crianças do local por meio do esporte.

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Abri esse projeto há quatro anos com ajuda de amigos da canoagem. Hoje, ainda dependemos muito de doações, não é fácil trabalhar com projeto social. Temos 40 crianças com a gente, damos aulas três dias por semana”, disse Libório.

E parece que a paixão pela modalidade é hereditária. Bruna Libório, filha de Jeferson, começou a se aventurar na canoagem há três anos. Hoje, ela já faz parte da seleção brasileira da modalidade.

Jeferson e Bruna Libório. Foto: Daniel Garcia Pajaro

Em 2018 eu conheci a ONG do meu pai e me apaixonei pelo esporte. Comecei ali a competir cada vez mais, em 2019 competi o Campeonato Brasileiro de Canoagem e dali veio a minha convocação para a seleção, pois fiquei em segundo na categoria Cadete”, disse Bruna.

Apesar de todas as dificuldades em manter um projeto social, o esforço vale a pena quando o que importa é ver uma criança feliz. O experiente canoísta não esconde a satisfação ao lembrar dos momentos em que vê as crianças evoluindo na modalidade. Isso, é o que o motiva a cada dia a continuar passando seus conhecimentos aos seus pupilos.

Isso é gratificante. Através do esporte, você poder incentivar a criançada. Isso não tem preço. Eles amam entreter a cabeça através do esporte. Você vê a evolução de cada um e eles ficam muito felizes com isso. Sou muito grato a Deus por me fazer ter essa vivência através do esporte”, finalizou o canoísta.

Fonte: GE / Tv Tribuna

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