Entrevista: Raysa Ribeiro fala sobre suas travessias de canoa polinésia
Após completar sua travessia de OC1 pela ilha de Florianópolis, a remadora Rayssa Ribeiro troca uma ideia ... leia mais
Depois de 27 horas e 48 minutos de remada de stand up paddle, a norte-americana Victoria Burgess (33) tornou-se a mais rápida remadora feminina a atravessar o Estreito da Flórida remando de SUP.
Burgess percorreu 114,5 milhas partindo de Havana, Cuba, em direção Key West, na Flórida (EUA), em pouco mais de um dia e pelo feito cravou seu nome no Guinness World Records Book por conta do tempo levado na travessia (o mais rápido feito por uma mulher remando de SUP).
A largada tranquila na capital cubana foi bem tranquila, com mar flat e uma leve brisa, no entanto, quando Victoria atingiu pouco mais de um quilômetro da costa as condições mudaram radicalmente, com a entrada de fortes ventos laterais.
“A previsão era de 5-10 nós de vento em mar aberto, no entanto, quanto mais avançávamos, mais intensos eles se tornavam. Eu diria que por cerca de 110 das milhas fui bombardeada por ventos laterais que variavam entre 10 e 12 nós”, contou a remadora.
Ondulações de depois a quatro pés, vindo de todos os lados, também trouxeram entraves à travessia. Os solavancos sofridos por sua prancha, em decorrência das ondas, acabaram por fazê-la perder seu rastreador de GPS e a equipe de apoio, que a acompanhava em uma embarcação, teve que ficar atenta para não perdê-la de vista.
“Parecia que nunca ia amanhecer”
Mas o momento mais desafiador ainda estava por vir. Quando anoiteceu e ainda faltavam boas milhas para alcançar a costa da Flórida, o cansaço bateu forte e Burgess teve que lidar com seus demônios internos:
“Quando a noite chegou, bateu um desânimo, pois notei que ainda faltava muito pra chegar aos EUA. Então percebi que a maior batalha seria contra minha mente e passei a me questionar por que estava fazendo aquilo. Foram algumas horas lutando para esvaziar a cabeça e manter o foco na remada. Uma verdadeira batalha. Mas consegui passar. Curiosamente as condições adversas que enfrentei de ventos e ondulações me obrigaram a não divagar muito e me forçaram a me manter concentrada nas remadas. Mas foi uma noite longa. Parecia que nunca iria amanhecer”, revelou.
Apesar dos contratempos, Burgess permaneceu forte, sendo constantemente incentivada por sua equipe de apoio até alcançar Key West após 27 horas e 48 minutos de remada ininterrupta para cravar seu nome na galeria de recordistas do Guinness Book.
A travessia teve como objetivo aumentar a conscientização sobre a participação das mulheres no esporte.