
#WaterChats recebe Reginaldo Birkbeck neste domingo (05)
Um dos maiores expoentes na modalidade V1 no Brasil, Reginaldo Birkbeck é o convidado do do #waterchats, ... leia mais

Quando estamos no mar, lagos ou rios, é comum ver as pessoas dentro das embarcações se cumprimentando com acenos, gestos de mão ou palavras de saudação. Esse simples ato simboliza camaradagem, respeito e gratidão pelo convívio nas águas.
No entanto, nunca cobre uma resposta. Retribuir é uma escolha pessoal, e quem inicia o cumprimento pratica uma gentileza pura. Nem todos se sentem à vontade ou disponíveis para responder e tudo bem. Às vezes, a equipe está imersa em um treino para competição, focada na sincronia, na técnica e na força, sem notar o que acontece ao redor. Respeitar essa liberdade preserva a boa energia do momento, sem imposições.
Esse costume vai além do mundo náutico. Caminhoneiros trocam “joinhas” ou piscadas de farol nas estradas; motoristas de carros antigos acenam para entusiastas; ciclistas sinalizam com a mão; e até pilotos de aviões ou helicópteros se saúdam pelo rádio. Cada grupo cultiva seus gestos de cortesia, provando que pequenos atos fortalecem laços e impacto social.
No va’a, o cumprimento também previne colisões: sintoniza vibrações, demonstra respeito e reforça a união. Muitos trazem o estresse do trânsito para a canoa, mas nas águas não há engarrafamentos, semáforos ou pressa podemos desviar livremente e curtir o fluxo.
Assim, o aceno entre embarcações carrega uma tradição de respeito e amizade que aproxima almas em espaços vastos como o mar. Abrace esse gesto sem esperar retorno: a gentileza não tem preço e pode tecer laços além das águas. Navegar é respeitar o espaço e o momento alheio, celebrando a conexão única que o mar proporciona. Seja sempre quem oferece o bem, o que os outros respondem de volta não é sobre você, mas o reflexo dos que eles são.