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A partir desta sexta-feira, 15 de agosto, a Praia de São Francisco, em Niterói, se tornará a capital mundial da canoagem polinésia ao receber o aguardado Campeonato Mundial de Va’a da IVF 2025, com a participação de mais de 819 atletas, representando 26 nações, marcando presença. Em meio à grande expectativa, vale a pena contextualizar um ponto importante para a história do esporte no país: embora esta seja, de fato, a primeira vez que o Brasil recebe o Mundial no desafiador formato Maratona, esta é, na verdade, a segunda vez que o país tem a honra de sediar o prestigioso evento. A primeira, um marco que redefiniu a modalidade em território nacional, aconteceu em 2014, na Lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro, no formato Sprint.
Em agosto de 2014, entre os dias 12 e 17, o Brasil entrou para a história ao sediar pela primeira vez o Campeonato Mundial de Va’a da IVF. Realizada na modalidade Sprint, a competição foi organizada pela Superar Sports, com o suporte da Federação Internacional de Va’a (IVF) e da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCA).
O evento transformou a paisagem da Lagoa Rodrigo de Freitas, reunindo cerca de 700 atletas de 19 nações. As cinco maiores delegações no evento foram: o Brasil, como anfitrião, com a maior equipe (262 atletas), seguido por Nova Zelândia (98), Havaí (93), Taiti (75) e Austrália (37).
Um dos maiores trunfos do Mundial de 2014 foi sua visibilidade sem precedentes. Com as finais transmitidas ao vivo pelo canal de Tv a cabo SporTV, a va’a alcançou uma projeção nacional inédita, apresentando a beleza e a intensidade da modalidade para um público massivo.
No quadro geral de medalhas, a hegemonia taitiana foi confirmada, com a nação polinésia conquistando 47 medalhas (31 de ouro). A Austrália ficou em segundo lugar, com 18 medalhas (nove de ouro), e o Havaí em terceiro, com 26 medalhas (seis de ouro). O Brasil, com apenas 13 anos de história na va’a na época, também fez bonito, garantindo o quarto lugar com um total de 20 medalhas, sendo cinco delas de ouro.
O Mundial de 2014 é considerado um divisor de águas, catalisando a ascensão meteórica da va’a que aconteceria no país após a realização do evento na Lagoa Rodrigo de Freitas. A exposição e o sucesso organizacional solidificaram a comunidade, inspiraram novos praticantes e elevaram o nível técnico dos atletas brasileiros.
Além de impulsionar o crescimento geral, o Mundial do Rio de 2014 teve uma importância histórica crucial para o parava’a. A competição serviu como uma vitrine fundamental para a inclusão da modalidade no programa paraolímpico dos Jogos do Rio, em 2016, e, posteriormente, sua consolidação definitiva no cenário paraolímpico global.
Agora, onze anos depois, Niterói se prepara para receber o mundo da va’a novamente, desta vez no desafiador formato Maratona. O evento de 2025 não apenas continuará esse legado, mas também celebrará a jornada de um esporte que foi transformado para sempre por aquela semana memorável nas águas da Lagoa Rodrigo de Freitas.