O legado de 2014: Relembre o primeiro Mundial de Va’a no Brasil

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mundial de vaa 2014
A equipe brasileira feminina de V6, formada por Dayone Rossi, Mariana Santa Rosa, Alisa Lalor, Alice Nassif, Patricia Demaria e Simone Rena fez história conquistando a medalha de no V6 500m máster e prata no V6 1000m master. Foto: Arquivo/ BNDES

A partir desta sexta-feira, 15 de agosto, a Praia de São Francisco, em Niterói, se tornará a capital mundial da canoagem polinésia ao receber o aguardado Campeonato Mundial de Va’a da IVF 2025, com a participação de mais de 819 atletas, representando 26 nações, marcando presença. Em meio à grande expectativa, vale a pena contextualizar um ponto importante para a história do esporte no país: embora esta seja, de fato, a primeira vez que o Brasil recebe o Mundial no desafiador formato Maratona, esta é, na verdade, a segunda vez que o país tem a honra de sediar o prestigioso evento. A primeira, um marco que redefiniu a modalidade em território nacional, aconteceu em 2014, na Lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro, no formato Sprint.

Um marco histórico na Lagoa Rodrigo de Freitas

História do Mundial de va'a 2014
Delegação brasileira desfila na abertura do Mundial de 2014. Foto: Arquivo/ BNDES

Em agosto de 2014, entre os dias 12 e 17, o Brasil entrou para a história ao sediar pela primeira vez o Campeonato Mundial de Va’a da IVF. Realizada na modalidade Sprint, a competição foi organizada pela Superar Sports, com o suporte da Federação Internacional de Va’a (IVF) e da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCA).

O evento transformou a paisagem da Lagoa Rodrigo de Freitas, reunindo cerca de 700 atletas de 19 nações. As cinco maiores delegações no evento foram: o Brasil, como anfitrião, com a maior equipe (262 atletas), seguido por Nova Zelândia (98), Havaí (93), Taiti (75) e Austrália (37).

História do Mundial de va'a 2014
Equipe SAMU. Em pé, da esq. para dir.: Alan Reynol, Rafael Leão, Cauê Serra, Serginho Prieto, Vagner Riesco, Luiz Guida “Animal”, Dave Macknight, Paulão dos Reis. Agachados, da esq.. para dir.: Rogério Mendes, Murilo Pinheiro, Marinho Cavaco e Vinícius Sanches. Foto: Arquivo / BNDES

Um dos maiores trunfos do Mundial de 2014 foi sua visibilidade sem precedentes. Com as finais transmitidas ao vivo pelo canal de Tv a cabo SporTV, a va’a alcançou uma projeção nacional inédita, apresentando a beleza e a intensidade da modalidade para um público massivo.

No quadro geral de medalhas, a hegemonia taitiana foi confirmada, com a nação polinésia conquistando 47 medalhas (31 de ouro). A Austrália ficou em segundo lugar, com 18 medalhas (nove de ouro), e o Havaí em terceiro, com 26 medalhas (seis de ouro). O Brasil, com apenas 13 anos de história na va’a na época, também fez bonito, garantindo o quarto lugar com um total de 20 medalhas, sendo cinco delas de ouro.

Medalhas do Brasil no Mundial de 2014:

Ouro

  • V12 sênior master masculino
  • Para Va’a V12 500m misto
  • V1 200m LTA feminino (Debora Benivides)
  • V6 500m master feminino
  • V1 200m A masculino (Luis Carlos Cardoso) 

Prata

  • V12 500m open masculino
  • V12 Junior 16 500m masculino
  • V12 500m open feminino
  • V1 200m TA (Luis Carlos Cardoso)
  • V1 200m LTA feminino (Roberta Moura de Souza Silva)
  • V6 500m open masculino
  • V1 200m LTA masculino (Caio Ribeiro de Carvalho)
  • V6 500m sênior master masculino
  • V1 200m A masculino (Luciano Fachini)
  • Para Va’a V6 500m misto
  • Para Va´a V6 1000m misto
  • V6 1000m master feminino 

Bronze

  • V12 master 500m masculino
  • V6 500m open masculino
  • V1 200m LTA masculino (Guilherme Borrajo)

O legado de 2014

Mundial de va'a 2014
O Mundial de 2014 foi fundamental para a inclusão da va’a no programa paraolímpico dos Jogos do Rio, em 2016, e, posteriormente, em sua consolidação definitiva no cenário paraolímpico global. Foto: Arquivo/ BNDES

O Mundial de 2014 é considerado um divisor de águas, catalisando a ascensão meteórica da va’a que aconteceria no país após a realização do evento na Lagoa Rodrigo de Freitas. A exposição e o sucesso organizacional solidificaram a comunidade, inspiraram novos praticantes e elevaram o nível técnico dos atletas brasileiros.

Além de impulsionar o crescimento geral, o Mundial do Rio de 2014 teve uma importância histórica crucial para o parava’a. A competição serviu como uma vitrine fundamental para a inclusão da modalidade no programa paraolímpico dos Jogos do Rio, em 2016, e, posteriormente, sua consolidação definitiva no cenário paraolímpico global.

Agora, onze anos depois, Niterói se prepara para receber o mundo da va’a novamente, desta vez no desafiador formato Maratona. O evento de 2025 não apenas continuará esse legado, mas também celebrará a jornada de um esporte que foi transformado para sempre por aquela semana memorável nas águas da Lagoa Rodrigo de Freitas.

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