
Favoritos vencem Copa Brasil de Paracanoagem em Brasília
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Um garoto de 11 anos, óculos escuros, equilibrando-se na ponta de uma enorme canoa de corrida em alta velocidade enquanto executa uma dança cheia de estilo e confiança. Essa imagem, capturada durante a tradicional corrida de barcos Pacu Jalur, na ilha de Sumatra, Indonésia, transformou Rayyan Arkan Dikha em um fenômeno global da noite para o dia.
A dança, que o próprio Rayyan disse em entrevista à BBC ter sido “totalmente espontânea“, viralizou em poucas semanas. Seus vídeos acumularam milhões de visualizações em redese sociais como TikTok e Instagram. Neles, Rayyan, em seu papel de Togak Luan (o mascote/ dançarino na proa, cuja função é energizar a tripulação), executa movimentos rítmicos com os braços, manda beijos para a torcida e mantém uma expressão serena, tudo isso enquanto a longa canoa de madeira avança rapidamente.
A onda de popularidade foi tão grande que ultrapassou as barreiras da internet e chegou ao mundo dos esportes de elite. O jogador de futebol americano Travis Kelce, o piloto de F1 Alex Albon e até mesmo o time de futebol Paris Saint-Germain publicaram vídeos imitando os movimentos de Rayyan, levando sua popularidade para uma audiência ainda maior.
A febre não demorou a chegar ao Brasil, onde a comunidade da canoa polinésia abraçou a brincadeira com entusiasmo. Diversos clubes e remadores fizeram posts imitando os passos de Rayyan, adaptando a dança para o contexto da canoagem local.
Um exemplo foi uma postagem compartilhada entre os perfis do Instagram do Aloha Spirit Midia e do clube Botinas Va’a. O vídeo mostra um remador do clube imitando, de forma bem-humorada, os movimentos característicos de Rayyan. A publicação foi um sucesso, gerando mais de 1.400 curtidas e quase cem comentários, mostrando a rápida conexão da comunidade brasileira com o fenômeno global.
Enquanto isso, na Indonésia, o garoto por trás do meme se tornou uma celebridade nacional. Rayyan foi nomeado embaixador cultural da província de Riau, convidado a conhecer ministros em Jacarta e a participar de programas de TV. Apesar de feliz com a fama, ele mantém os pés no chão e um sonho simples: se tornar um policial.
O palco que revelou Rayyan ao mundo, o Pacu Jalur, é muito mais do que uma simples corrida. É um dos festivais culturais mais importantes da Indonésia, realizado anualmente no rio Batang Kuantan, na província de Riau, ilha de Sumatra.
Assim, a dança viral de um garoto de 11 anos não apenas criou um meme global, mas também serviu como uma janela para uma tradição rica e fascinante, conectando culturas e mostrando que, às vezes, um momento espontâneo de alegria pode navegar pelo mundo inteiro.