
Air France Paddle Festival ao vivo
Acompanhe ao vivo, direto do Taiti, as emoções do Air France Paddle Festival 2019, uma das maiores provas ... leia mais
Realizada no último domingo (27), a edição de 2025 da prova de downwind mais famosa do mundo, Molokai to Oahu, manteve a forte tradição australiana no evento. A travessia tradicionalmente tem 32 milhas de distância e como o próprio nome diz, largada na ilha de Molokai e a chegada na praia de Hawaii Kai na ilha de Oahu. Um dado interessante é a massiva diferença do número de inscritos do paddleboard em relação ao SUP, algo próximo de 75% contra 25% respectivamente.
Uma possível explicação para o baixo número de remadores de SUP é a migração para o dowind foil, que vem crescendo na competição. Está não foi uma edição com ventos fortes, sendo assim, não tivemos quebra de recordes.
Na categoria paddleboard unlimited, vitória para o australiano Charlie Verco de 24 anos de idade, com o tempo de 4h59m49s e que carrega vasta experiência na modalidade, sendo 3x campeão da prova. Já na segunda colocação, veio o “queridinho “dos Estados Unidos, o consagrado Jack Bark com o tempo de 5h19min 37s e a medalha de bronze foi para Campbell Guthrie, também da Australia com 5h33m45s. Menção honrosa para o incansável e diversas vezes campeão mundial da ISA, Lachie Lansdown que com 5h35m56s ficou na quarta posição.
Embora o recorde de tempo de travessia do SUP seja mais rápido que o de paddleboard, este ano a diferença ficou bem expressiva a favor do paddeboard: 5h49min49 do canadense Tim Oliver, contra o já mencionado tempo de 4h59min49s de Charlie Verco, terminando com 49 minutos de diferença.
Para quem viu o filme “A decade of dominance” de Jamie Mitchell, quando lutava pelo 10º título consecutivo no prone, sabe que existe uma disputa saudável entre os tempos das duas modalidades.
Novamente a Australia foi vencedora, nas remadas de Harrison Stone, atleta de 27 anos que marcou 5h46m24. Seguido pelo norte americano Toa Pere com 5h48min30s e na sequência veio o neozelandês Ethan Storey, com 5h51min31. O interessante é que tanto Toa quanto Ethan têm apenas 16 anos de idade e uma longa carreira esportiva pela frente.
Vitória para neozelandesa Katrina Madill, de 36 anos com o tempo de 6h19min47s, bem a frente da segunda colocada, a norte americana Emily Bark com 6h58min 30s e na terceira posição ficou com Liz Hunter, também dos Estados Unidos com 7h03m23s. Todas as mulheres remaram com paddleboard stock, ou seja, tamanho 12 pés.
Não há a menor dúvida de que a versão unlimited é infinitamente mais rápida que a stock. Só consultar os resultados dos últimos 20 anos da M2O ou da renomada prova Catalina Classic, e chegará à conclusão entre as duas embarcações.
Porém, homens são mais fortes do que as mulheres, ainda mais no quesito prancha com 18 pés de comprimento e remada utilizando somente os braços. Ao que parece, as pranchas stock apresentam mais conforto para as mulheres e nesta edição de 2025, não teve categoria unlimited feminino. Algo similar também acontece na prova Catalina Classic. Outro motivo é consolidar um número maior de praticantes do sexo feminino e fica mais competitivo realizar apenas uma única categoria.
Todos os resultados assim como fotos podem ser encontradas no website oficial do evento molokai2oahu.com.