
Aloha Spirit volta a Niterói com uma série de atrações
Após oito anos, o Aloha Spirit está de volta à cidade de Niterói. Festival rola de 23 a 25 de setembro ... leia mais
A participação brasileira no Festival Pan-Americano de Surfe PASA Games Guatemala 2025 chegou ao fim neste sábado (12), com a disputa da final do SUP Surf feminino — a última prova com participação de atletas brasileiros — marcando o encerramento da campanha do Brasil no evento, com a brasileira Aline Adisaka garantindo a medalha de bronze para o país, coroando uma atuação consistente ao longo da semana.
As condições do mar na praia de El Rosario, em Santa Rosa, foram desafiadoras (para dizer o mínimo), com ondas de até seis pés quebrando como verdadeiras fechadeiras, sem chance de manobra. Isso fez com que a prova final se transformasse em uma loteria onde quem encontrasse uma onda intermediária e minimamente surfável, levava vantagem.
Aline Adisaka conseguiu uma boa performance logo no início, garantindo uma nota intermediária com uma onda pequena. No entanto, passou boa parte da bateria sem encontrar outra oportunidade clara de pontuar. Somente nos minutos finais, conseguiu surfar duas ondas curtas que a colocaram provisoriamente na segunda colocação. Mas a poucos minutos do fim, a argentina Lucía Cosoleto achou uma direita razoável e aplicou uma única manobra e caiu em seguida — mesmo assim, recebeu nota 3,50 dos juízes, o suficiente para ultrapassar Aline e garantir a prata. O ouro ficou com a peruana Vania Torres, que enfrentou as condições mais duras da bateria: após surfar uma boa onda no início, ficou minutos presa na zona de impacto e teve seu leash arrebentado por uma série poderosa. Sem nenhuma equipe de segurança por perto (o que beira o inacreditável, pois estamos falando de um campeonato pan-americano), a peruana por pouco não se afogou e teve que sair sozinha da água. Mesmo exausta, voltou à zona de competição, pegou outra onda e selou o título pan-americano mostrando muita disposição.
A outra representante brasileira na modalidade, Kilvia Cardoso, parou nas semifinais e terminou na quinta colocação geral do SUP Surf feminino.
No SUP Surf masculino, o Brasil não teve representantes. O ouro foi para o porto-riquenho Maximilian Torres, seguido por Sebastián Gómez (PER), em segundo, Franco Faccin (ARG), em terceiro e Dave de Armas (PUR) fechando pódio na quarta colocação.
Com o encerramento das disputas, o Peru consagrou-se campeão pan-americano por equipes, encerrando o domínio brasileiro que durava desde 2018. O país andino somou 12.876 pontos e superou, por margem mínima, os 12.855 de Porto Rico, que ficou com a prata. A Argentina terminou em terceiro lugar, e o Brasil, que viajou com uma delegação reduzida e oito atletas a menos que seus principais concorrentes, encerrou a campanha em quarto lugar — um desempenho honroso diante das limitações impostas.