Prefeitura do Rio cria regras para prática coletiva de stand up paddle após incidente de sábado

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stand up paddle incidente
Novas diretrizes enfatizam a urgência de estabelecer protocolos de segurança robustos tanto para os praticantes quanto para a observância das condições meteorológicas. Foto: Danny Lema / Pexels

Em resposta ao incidente que resultou em mais de 70 pessoas à deriva na Praia do Leme, Zona Sul do Rio de Janeiro, no último sábado (21) a Secretaria Municipal de Esportes da cidade instituiu novas diretrizes para a prática coletiva de stand up paddle nas praias da cidade. As normas foram oficializadas nesta terça-feira, 24 de junho, através de publicação no Diário Oficial do município.

As novas regulamentações exigem que as atividades coletivas de stand up paddle sejam conduzidas exclusivamente por instrutores que possuam alvarás válidos emitidos pela Prefeitura do Rio. Cada grupo está limitado a um máximo de 25 pranchas/praticantes, sem contabilizar as pranchas de apoio ou dos próprios instrutores. A proporção mínima estabelecida é de um apoio/instrutor para cada cinco pranchas/praticantes.

A medida também estipula que o pessoal de apoio deve estar devidamente uniformizado, facilitando a identificação por praticantes e órgãos fiscalizadores. É compulsória a disponibilização de equipamentos de segurança essenciais, incluindo coletes salva-vidas com homologação da Marinha do Brasil para cada usuário; um kit de primeiros socorros para atendimento de lesões leves; um binóculo ou monóculo para monitoramento a partir da costa; e, no mínimo, um par de rádios comunicadores à prova d’água para comunicação contínua entre o ponto de apoio na areia e o instrutor no mar.

Além disso, torna-se obrigatório o uso do leash (cordinha) na prancha. Os instrutores deverão acompanhar e aderir rigorosamente aos alertas de condições climáticas emitidos pela Marinha e por outros órgãos competentes. As diretrizes da secretaria enfatizam a urgência de estabelecer protocolos de segurança robustos tanto para os praticantes quanto para a observância das condições meteorológicas.

Novas regras para passeios turísticos com stand up paddle

Categoria da RegraDetalhamento da Norma
Autorização de InstrutoresSomente instrutores com alvará válido expedido pela Prefeitura do Rio podem conduzir atividades coletivas.
Limite de Participantes por GrupoMáximo de 25 pranchas/praticantes por grupo (não inclui pranchas de apoio/instrutor).
Proporção Instrutor/PraticanteUm apoio/instrutor para cada cinco pranchas/praticantes.
Identificação do ApoioO apoio em terra deve estar devidamente uniformizado para fácil visualização.
Equipamentos de Segurança ObrigatóriosColetes salva-vidas homologados pela Marinha do Brasil para cada usuário. Kit de primeiros socorros para pequenos ferimentos. Binóculo ou monóculo para acompanhamento em terra. Mínimo de um par de rádios comunicadores à prova d’água para comunicação entre o ponto de apoio e o instrutor no mar.
Uso de Leash (Cordinha)Obrigatório o uso de leash (cordinha) na prancha por todos os praticantes.
Monitoramento ClimáticoInstrutores devem acompanhar e seguir os alertas de condições climáticas emitidos pela Marinha e outros órgãos competentes.
Objetivo das RegrasCriação de protocolos de segurança para os praticantes e respeito às condições climáticas.

Alvará de empresa de SUP será cassado após incidente

Segundo reportagem do portal O Dia, a Prefeitura do Rio de Janeiro comunicou a cassação do alvará da empresa SUP Copa em decorrência do recente incidente envolvendo praticantes de stand up paddle. Questionada pela reportagem do portal, a empresa defendeu-se, afirmando que as previsões dos principais institutos meteorológicos não indicavam ventos fortes para a manhã do ocorrido. “O que aconteceu foi uma rajada de vento inesperada que acabou arrastando muitos praticantes para longe da costa”, esclareceu a companhia.

No entanto, essa alegação foi contestada por participantes do passeio e por postagens em redes sociais, como as compartilhadas pelo perfil @sospraiascariocas, que exibiam avisos da própria SUP Copa informando sobre a alteração do local de partida (do Leme em vez de Copacabana) devido à “previsão de ventos fortes”.

Sobre o uso de equipamentos de segurança, a empresa também se defendeu argumentando que todos os seus clientes utilizavam coletes salva-vidas homologados pela Marinha e que um bote de apoio com salva-vidas acompanhava a atividade.

Inicialmente, uma determinação da Secretaria Municipal de Esportes e da Subprefeitura da Zona Sul havia determinado o fechamento de outros estabelecimentos que oferecem atividades similares nas praias, com previsão de interrupção por sete dias. Contudo, essa medida foi revogada. A prefeitura, entretanto, reforçou que professores e responsáveis pela atividade deverão acatar as novas diretrizes estabelecidas pela secretaria.

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