
Buffalo’s Big Board Surfing Classic ao vivo
Finais do Buffalo’s Big Board Surfing Classic acompanhe ao vivo as disputas de em BIG SUP, duplas ... leia mais
O Aloha Spirit não é apenas uma competição. É um encontro de almas, de histórias, de superação e acima de tudo, de amor. Amor pela canoa, pelo mar e, principalmente, pelas pessoas que remam lado a lado na vida e na água.
Este ano, cheguei à competição da etapa Angra dos Reis, vivendo um desafio pessoal. Uma cirurgia emergencial realizada há apenas 21 dias, me afastou temporariamente da água, mas jamais seria capaz de me afastar da energia, da vibração e da conexão que este evento representa para mim.
Sou atleta, apaixonada pela canoa havaiana e pelo espírito aloha. Todos os anos estou presente, remando na categoria 50+ OC6, com minhas parceiras do Canoe para Todos, e também na dupla mista OC2, com meu marido, meu parceiro de vida e de remadas, Cassius, pelo Canoe Clube.
Desta vez, meu remo ficou na areia, mas meu coração permaneceu inteiro dentro da canoa. E, se não pude remar fisicamente, estive presente na força da torcida, no olhar atento, na emoção de acompanhar cada largada, cada chegada, cada vitória que é construída remada a remada, uma com a força da outra.
Acompanhei, com orgulho e amor, meu marido que seguiu na dupla com a Juliana, que prontamente aceitou estar ao lado dele, me substituindo nesse desafio. E vibrei, filmei, me emocionei com cada momento das minhas queridas guerreiras do 50+, que conquistaram, com muita garra e união, o terceiro lugar no pódio.
E foi na hora da entrega das medalhas que vivi uma das maiores emoções da minha vida como atleta e como ser humano. Sônia Campos, essa mulher gigante, atleta pan-americana, que generosamente aceitou estar no meu lugar para que nossa canoa não parasse, fez um gesto que ficará eternamente marcado no meu coração: ela retirou a medalha dela do peito e colocou em mim.
Um gesto de amor, empatia, sororidade, conexão e humanidade. Um gesto que traduz, com perfeição, o real significado do espírito Aloha. Ali, as lágrimas vieram naturalmente. Porque aquilo não era só uma medalha. Era a materialização de tudo o que somos como equipe, como irmandade, como família de água.
E aqui, com toda minha emoção, meu amor e minha gratidão, deixo registrado todo meu carinho imenso às minhas companheiras de jornada: Georgia, Gigi, Edi, Monalisa, Sônia e Juliana. Mulheres incríveis, fortes, generosas, que me representam, que me inspiram e que fazem da canoa não apenas um esporte, mas um estilo de vida que transforma, cura e conecta. Vocês são parte do meu coração, da minha história e da minha travessia.
O mar nos ensina que nem sempre estaremos na linha de frente, mas nossa energia, nossa presença e nosso amor seguem navegando, impulsionando, fortalecendo e mostrando que, na vida e na canoa, ninguém rema sozinho.
Que possamos, sempre, honrar o verdadeiro significado de estar em um ‘Ohana’, uma família. Porque o Aloha vive, e ele se traduz nos pequenos e grandiosos gestos que fazem tudo valer a pena.
Etapa Angra dos Reis, sublime, incrível e indescritível! Parabéns a todos pelo lindo evento.