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Um dos canoístas mais experientes do País, o santista Celso Filetti fez bonito no Campeonato Brasileiro de Va’a, garantindo quatro pódios em quatro provas disputadas. Foram dois ouros e duas pratas em sua categoria a 60+. Realizada sábado e domingo 6 e 7), em Santos, considerada o “berço” da modalidade no Brasil, a competição reuniu mais de 450 atletas remando em canoas individuais, em duplas e trio. Além de decidir os títulos nacional de 2024 nas três modalidades, o evento assegurou as vagas para o Pan-Americano, no mês de novembro, em Niterói.
Conhecendo bem a raia de competição, onde treina diariamente, Filetti foi prata na OC1 (individual com leme) e na V1 (sem leme), no primeiro dia, e ouro na V3, ao lado de João Carlos Simoni e Mauro Fernandes Dutra e na OC2, novamente com João, no domingo. “Hoje remo mais canoagem oceânica, o surfski (caiaques de remo com duas pás), mas a canoa havaiana está no meu DNA. São quase 20 anos de amor a esse esporte e o Campeonato Brasileiro no quintal de casa é imperdível”, destacou Filetti, que competiu pela equipe Meta, com apoios de Evolution Canoes, Ascarbon Remos e Sunset Uniformes.
“Meu foco era a OC1. Foi o que sempre gostei. O nível hoje do Brasileiro é muito alto e fiquei muito feliz de conquistar dois ouros e duas pratas”, afirmou o canoísta, que representou a tradicional Turma do Bigode e a Meta. “Essa última do mestre Rogério Mendes, que me auxilia no físico e no mental. Um exemplo de atleta para mim, que hoje comanda um grupo imenso de remadores em todo o Brasil e que foi o primeiro em sua categoria, mostrando também que está super focado e em forma”, elogiou o atleta que é médico-veterinário e em novembro completa 60 anos: “A meta é envelhecer com qualidade. O remo é a terapia, a válvula de escape”.
Ele contou que a maior dificuldade foi na disputa de OC2, onde já garantiu títulos brasileiros ao lado de outro santista, Felipe Neumann. “Muitas duplas fortes, mas demos o nosso máximo e conseguimos o ouro. Na V3, foi bem tranquilo, estávamos alinhados e focados. Na OC1 dei meus 100% e só fui superado pelo meu companheiro na V3, o Mauro, que já remou três meses no Taiti e tem muita experiência também. Na V1, foi mais cansativo, porque a prova largou 40 minutos após a minha chegada. Não remo muito nesse tipo de canoa e queria ficar entre os cinco. Foi difícil, por não ter leme e com muito vento, mas tenho uma leitura de mar boa e aproveitei muito as ondas”, explicou.
“Agradeço também a Prefeitura, ao prefeito Rogério Santos e ao secretário de Esportes Gelásio Fernandes, também a Carol Valdes Bezerra, a que mais fez o evento acontecer, ao Manoel Gonzalez, por ceder o estacionamento da Escola Escolástica Rosa aos participantes e, sem deixar de mencionar, o presidente da Federação Paulista de Vaa, Pedro Frigério, que encarou o desafio para realizar este campeonato histórico. Todos ajudaram muito para esse sucesso. Muito bom ter um campeonato de altíssimo nível em Santos, atraindo atletas de todo o País. Agora, é pensar no Pan-Americano”, completou.