Brasileiros ficam de fora do Conselho de Stand Up Paddle da ISA
A International Surfing Association (ISA) anuncia a escolha de seu novo Conselho de Stand Up Paddle ... leia mais
Novembro foi um mês importante para a va’a brasileira. Além das competições do Aloha Spirit e do Pan-Americano, o país também recebeu a lenda taitiana Lewis Laughlin.
A vinda do maior campeão da Te Aito e Super Aito, foi promovida pela Alma Azul Academy e realizada em duas cidades: Brasília, Distrito Federal, e Vitória, Espírito Santo.
Nas clínicas, Laughlin compartilhou todo seu conhecimento e experiência técnica, mas o que aprofundou a relação entre o grande campeão e os participantes foi a troca sobre a cultura e filosofia va’a, desenvolvimento da prática no Tahiti e no Brasil e conselhos focados em cada remador. Ao longo dos dias, a presença de Lewis levou a muitos momentos de emoção para os remadores que estiveram ao seu lado.
“O que o Lewis passa, é muito mais do que só a parte técnica. Só da gente estar perto e sentir a energia dele, a gente sente algo diferente. A transmissão do conhecimento, da energia, é algo que vai além da palavra. Já vi várias pessoas terminando a clínica chorando, emocionadas e ele também.” relata Marcelo Bosi, sócio da Alma Azul Academy e responsável pelas clínicas com o Lewis Laughlin no Brasil.
Na capital do país, Laughlin promoveu clínicas para o público geral de remadores, com participação da campeã Vanessa Soares, e também realizou um trabalho especial com equipes de juniores feminina e masculina.
“O que tem mais valia, pra mim, é esses jovens já terem um contato com uma pessoa tão especial como o Lewis”, avalia Bosi.
Na capital capixaba, sede do Pan-Americano de Va’a 2023, além do público de Vitória, Lewis ministrou clínicas para remadores de outras cidades e países que estavam presentes no evento. Em Vitória, a participação especial ficou por conta de Robert Almeida.
Pela primeira vez em terras brasileiras, Lewis destacou como a energia da va’a é nova no país e que isto o fez lembrar de quando era jovem no Tahiti.
“Era muito divertido, todos tinham prazer em remar. Não era tão sério, era mais por diversão.” compartilha Laughlin.
E mesmo visitando apenas o centro-oeste e sudeste do Brasil, a lenda taitiana mostrou com bastante interesse pela região amazônica, no norte do país.
“Quando eu pisei aqui, Marcelo me falou sobre a Amazônia. Vocês têm esse grande e poderoso lugar que é a Amazônia.”
Lewis também destacou a importância do lado espiritual para o desenvolvimento da va’a no Brasil.
“Eu vejo a energia brasileira como um trem imparável, indo em frente. É o que eu senti, mas eu também sinto que vocês precisam de mais fluidez. Não apenas usar a força, mas também o lado espiritual da va’a”, reforça Lewis Laughlin, grande referência mundial.