Niterói recebe Copinha do Inverno de Canoas Havaianas neste domingo
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O remador local de Ilhabela (SP) Ronaldo Nascimento, mais conhecido como Rona, apontado como uma das promessas do va’a brasileiro, recentemente embarcou em uma jornada a um dos berços da canoagem polinésia: o Havaí.
O propósito do jovem remador, que faz parte da tradicional equipe Dos Reis Va’a, é claro: adquirir mais experiência e competir ao lado de grandes nomes do esporte
Apesar da pouca idade, Rona já coleciona diversos títulos brasileiros, sendo os mais marcantes: Campeão brasileiro Júnior 19 longa distância, garantindo vaga para o sul americano em Rapa Nui-Chile 2019, Campeão brasileiro na categoria Sprint Jr 19 e convocação para o Mundial em Hilo-Havaí 2020. Evento que foi cancelado devido à COVID-19, porém isso não impediu que o sonho do atleta de remar em águas havaianas terminasse.
“Competir no Havaí sempre foi o meu sonho, pois lá estão alguns dos melhores atletas do mundo. Desde quando eu cheguei, senti que estava no lugar certo. O mar e as condições são muito desafiadoras, o que me faz evoluir a cada dia. Hoje tenho a felicidade de receber o reconhecimento e ‘scholarship’ de um coach Havaiano para representar o clube nos grandes campeonatos. Estou vivendo um sonho. Representar minha cidade Ilhabela com a cultura da canoa (a mesma que a minha, caiçara), é muito gratificante. Me faz lembrar os tempos de criança, remando em uma canoa de madeira sem pretensão nenhuma. E hoje sei que foi tudo plano de Deus para que eu conseguisse conquistar meu espaço no meio de grandes remadores”, revela o remador brasileiro.
Rona está competindo a temporada no Havaí como integrante do Imua One Blade, clube tradicional da ilha de Oahu.
Kalae Chung, técnico do Imua One Blade conta que ficou muito impressionado com a técnica de Rona, que a princípio receberia apenas um treinamento individual.
Porém, após o primeiro contato, veio o convite para integrar o clube na temporada havaiana:
“Quando Rona chegou ao nosso clube, pensei que ele fosse um remador taitiano. Sua técnica parecia a mesma. Em sua primeira aula de canoa comigo, pude notar o seu potencial e quis que Rona permanecesse em nosso clube, não só para que ele aprendesse com meu treinamento de técnica havaiana, mas também para que ele pudesse ensinar nossos remadores a sua técnica e experiência como remador”, conta o treinador havaiano.
Chung conta que criou então uma bolsa de estudos pela primeira vez em nome do Imua One Blade Canoe Club, com o objetivo de ajudar Rona financeiramente, e permitindo que ele compita e treine com o clube, além de promover um intercâmbio através das técnicas de Rona em seu tempo de treinamento no Brasil.
“Depois de apenas três semanas de treinamento e campeonatos com o time, Rona nos guiou, sentando no primeiro banco (voga), na prova mais disputada do dia – Men’s Seniors – uma prova de 1,5 milhas, que exige cinco voltas de corrida. Nós ganhamos! Tê-lo no time remando e compartilhando suas técnicas já começou a resultar em vitórias para o meu clube”, afirma Kalae Chung.
A experiência de Rona no Havaí é mais um reflexo do crescimento do va’a brasileiro e certamente renderá importantes frutos para o desenvolvimento do esporte em Ilhabela e também a nível nacional.