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Depois de dois anos sem competições, o Aloha Spirit Festival voltou com tudo nas mais diversas modalidades, entre Canoa Havaiana (OC1, OC2 e OC6), Stand Up Paddle, Surfski, Paddleboard, Natação em águas abertas e Waterman. O maior evento de esportes de água do mundo teve a sua primeira etapa de 2022 com arena montada na praia do Perequê, em Ilhabela, nos dias 11 a 13 de março.
Uma das modalidades que vem ganhando cada vez mais popularidade é a canoa havaiana individual, a OC1. E para atender a demanda crescente, o Aloha Spirit Ilhabela contou com seis categorias PRO na modalidade. Sendo elas, masculino geral, feminino geral, masculino máster 40, feminino máster 40, masculino máster 50 e feminino máster 50.
Nessa prova, os atletas enfrentaram um percurso de 15 desafiadores quilômetros que saía da praia do Barreiro, na região norte de Ilhabela, rumo à Ponta das Canas, ainda mais ao norte, para só então seguir em direção a linha de chegada na Praia do Perequê, na área central da cidade.
As diversas categorias de OC1 PRO reuniram os melhores nomes do esporte, o que proporcionou disputas eletrizantes e cheias de emoção.
Com o intuito de trazer o foco a esses atletas, fizemos uma lista de apresentação dos vencedores das seis categorias da modalidade na primeira etapa do Aloha Spirit Festival:
O atleta Maxwell Coutinho Júnior, de Cabo Frio, foi o grande campeão da categoria masculino geral da primeira etapa do Aloha Spirit Festival 2022 e completou os 15 quilômetros de remada no incrível tempo de 1:18:22.345.
Apesar de só ter 25 anos, ele tem mais experiência no universo da canoa que muitos atletas. O jovem treina há 6 anos e coleciona diversos títulos de OC6 com o Team Mirage He’e Nalu. No entanto, aos poucos, ficou evidente que o seu potencial poderia levá-lo ainda mais longe. “Nos últimos dois anos eu comecei a me dedicar melhor na OC1 com o objetivo de me tornar campeão do Brasil na Open”, conta ele.
A partir de então, Max alcançou excelentes resultados, e hoje ele é o atual campeão da Molokabra e também do brasileiro OC1 na Open. “Vou continuar treinando cada vez mais para manter o título”, revela ele sobre seus próximos passos.
Quanto a vitória na primeira etapa do Aloha Spirit Festival na categoria geral, Max contou que foi uma oportunidade ótima para alcançar mais atenção de possíveis patrocinadores. “O Aloha é um evento gigante que temos no Brasil e com isso atrai aquele público que nunca viu tanto esporte junto em um único evento”, conta ele. “Quando ganhamos uma prova como a OC1 Pró, a visibilidade para o atleta aumenta muito, o que acaba chamando atenção de mais empresários, além de mais pessoas que tem vontade de participar mas que não tem o incentivo necessário”, completa Max
A atleta Barbara Campbell, de 38 anos, levou o primeiro lugar da categoria OC1 da etapa de Ilhabela do Aloha Spirit Festival 2022 e fez a prova em 1:31:55.415.
Sócia do clube de canoa polinésia Soul Va’a, também de Niterói, ela já tem mais de treze anos de experiência em remada. Além de ser instrutora e a capitã das equipes femininas do clube, Barbara é a atual campeã brasileira na categoria open feminina de OC1.
Mesmo para alguém como ela, que conta com uma extensa bagagem de experiência no universo da remada, a prova de OC1 do Aloha Spirit Ilhabela foi desafiadora. “Fiquei muito feliz com minha colocação, foi uma prova bem dura, com vento e ondulação contra na maior parte do tempo”, comemora.
Barbara já participa dos eventos do Aloha Spirit há muitos anos e, segundo ela, o retorno da competição depois da pandemia foi ainda mais especial. “A importância de remar no Aloha, é que é um festival grande, com vários atletas de diferentes lugares, o que te faz se colocar em prova e entender o cenário atual”, completa.
Rogério ficou em segundo lugar na Open e foi o atleta campeão da categoria masculina master 40. Ele fez a prova em 01:18:46.904.
Apesar de já ter competido seis vezes no Aloha Spirit Ilhabela e ter conquistado 3 vitórias e 2 vices, para Rogério vencer e ganhar troféu está longe de ser o mais importante. “Pra mim o esporte é muito mais do que isso”, conta. “Eu sou um cara que alimento o meu apetite com desafios, gosto de boas disputas e estava presente também para acompanhar os meus atletas da assessoria META Va’a, então para mim é indiferente falar de títulos e conquistas, porque eu não me prendo a isso”, completa ele.
Além de participar como atleta, Rogério sempre acompanha os seus alunos nas competições para colaborar e passar confiança. Isso porque, além de remar, ele é educador físico e é o responsável pela assessoria esportiva de canoa havaiana META Va’a.
Vários dos seus alunos e alunas garantiram excelentes resultados no OC1 e em outras modalidades do Aloha Spirit Festival em Ilhabela, o que mostrou que os treinos com o Professor Rogério surtiram muito efeito.
Para preparar outros atletas, além de todo o trabalho de assessoria, Rogério faz planilhas personalizadas e orienta treinos individuais e coletivos.
Fernanda competiu na canoa havaiana e na OC1 pela primeira vez nesta última edição do Aloha Spirit Festival e já em sua estreia foi campeã da categoria Master 40, com 1:36:39.518 de tempo de prova.
Apesar de não remar de OC1 há muito tempo, Fernanda passou por outras modalidades até descobrir a sua verdadeira paixão. “A minha experiência no Va’a é recente e eu comecei por gostar muito do mar e morar numa cidade que proporciona muito esporte e lazer”, conta. “Eu comecei no surfski e depois passei para a OC6 e aí me encantei pela OC1”, completa.
Segundo ela, a sua maior fonte de motivação para participar das competições foi a Assessoria META Va’a, do Rogério, na qual ela participa. “É muito motivador e incentiva demais os atletas, ele sempre está ali junto e para mim esse foi o grande diferencial para querer começar a competir”, conta ela.
Agora, Fernanda também afirma que está animada para treinar mais e participar de outras provas de OC1.
O atleta Carlos Rittscher, de 56 anos, venceu a categoria master 50 do Aloha Spirit Ilhabela 2022 e fez a prova em 01:24:04.738.
Uma série de conquistas importantes marcam a trajetória desse grande remador no universo da canoa OC1. Títulos como brasileiro, além de sul-americano e estaduais que, segundo Carlos, são provas tão especiais quanto o Aloha Spirit Festival.
Mas ele conta que uma delas, tem um lugar diferenciado no seu coração. “A prova que mais me deixa feliz foi o segundo lugar na categoria 50+ na mais famosa prova do mundo de OC1 a Molokai Hoe no Hawaii no ano de 2016”, conta. “Digo isso porque foram meses de preparação e foco em todos os sentidos”, completa ele.
Carlos participa das provas do Aloha Spirit Festival há um bom tempo e conta que o evento representa muito para ele. “Foi nosso início no Va’a e desde 2011 eu participo das provas, como também entre 2011 e 2015 toda a minha ohana [família] participava, minha esposa Andrea, e meus filhos Peter e Stephanie”, revela. “Esse evento para mim não eh somente uma prova, campeonato oficial ou não oficial, mas o que ele representa: a vibe ALOHA!”, completa.
Graça, de 58 anos, foi a grande vencedora da prova de OCI na categoria Máster 50 da etapa de Ilhabela do Aloha Spirit Festival e completou o circuito em 01:39:12.335.
Apesar de já competir há muitos anos e ter experiência na canoa havaiana desde 2013, a atleta de Niterói só passou a se dedicar para alcançar uma melhor performance na OC1 a cerca de dois anos atrás.
Desde então, ela vem se destacando e colecionando ótimos resultados nas competições. No entanto, o seu maior objetivo com a canoa não é nenhum título específico. “Meu sonho maior com a canoa havaiana vai além da competição”, conta. “Tenho vontade de fazer a circum-navegações das grandes ilhas, fazer grandes expedições, estimulando também as mulheres da minha idade, porque eu to com 58 anos e estou entrando na dita ‘terceira idade’, mas eu não gosto dessa expressão”, completa.
Dessa forma, a remadora mostra que anos a mais de vida é sinônimo de experiência. “Eu sou uma mulher que me orgulho de dizer que o meu corpo é muito melhor hoje aos 58 anos do que era aos 30, a nível de ser funcional”, conta.
Para Graça, a canoa havaiana e a natação em águas abertas – modalidade que ela também pratica – são símbolos da sua conexão com o mar e os desafios são parte da aventura. “A importância do Aloha Spirit para mim é que, tirando o brasileiro e o estadual, o Aloha é onde está a elite do esporte”, conta ela. “A gente consegue se balizar, se comparar aos competidores de ponta e eu acho muito charmoso, porque tem vários esportes”, comenta sobre o significado do festival. “São sempre provas de muita excelência de arbitragem e organização, então eu curto muito, principalmente no cenário de Ilhabela”, finaliza.