MolokaBRA 2023 lança apresentação oficial
MolokaBRA divulga a apresentação oficial da edição de 2023, com informações sobre o histórico da prova e ... leia mais
Quando surfamos de bodysurf, dependemos muito da propulsão que nossas pernas são capazes de gerar. Claro que utilizamos os braços para entrar na onda, para dar braçadas e se posicionar no line up. Mas sem dúvida a pernada é a nossa fonte geradora principal de velocidade. É a partir da pernada que vamos ser ágeis o suficiente para fluir com a onda e completar o tubo, por exemplo. Assim como dependemos muito dela para nos deslocarmos com eficiência no mar e aproveitar a session da melhor forma possível.
Entretanto, quando o praticante de surfe de peito não sabe como usar a nadadeira corretamente, isto é, não entende a biomecânica da pernada, já tem um grande problema para lidar. Afinal, de que adiantaria ter um equipamento de alta performance se não tem o domínio da técnica adequada?
Tudo bem, talvez o seu caso seja outro. Você sabe como utilizar o pé de pato de forma inteligente, aplicando a técnica de biomecânica, mas ainda assim sente que não sai do lugar ao executar a pernada. Ou então você se sente cansado em poucos minutos no mar.
Muitos em um primeiro momento se questionam se o problema estaria no equipamento, ou seja, na marca ou modelo de pé de pato que estão utilizando. Já é de conhecimento que existem nadadeiras específicas para praticar bodysurf, mas nem sempre o ponto é esse.
A pernada é um movimento complexo que envolve diversos grupamentos musculares e ao contrário do senso comum, não inicia na coxa ou na panturrilha. A pernada inicia no core, que é a região central do nosso corpo. E mesmo tendo o core muito fortalecido, há quem sinta dificuldade em usar a nadadeira.
Assim, a raiz do problema em boa parte dos casos está na falta de mobilidade no quadril. Basicamente, mobilidade é a capacidade que a articulação tem em se movimentar dentro de sua amplitude de movimento e nos mais diversos planos de movimentos. Um indivíduo que possui limitações em sua mobilidade, seja do quadril, ombro, joelho ou outra articulação, acaba perdendo qualidade nos movimentos. E pior, gera menos potência, força, sente dor, acaba gastando mais energia e perde rendimento.
Isso também se aplica à pernada, isto é, o bodysurfer acaba tendo dificuldades em realizar os movimentos, ainda mais por estar com a nadadeira que é uma carga extra para o corpo. Vale ressaltar que a pernada sem nadadeira já é um movimento que consome muita energia. Mas então como melhorar essa relação? Como ganhar mobilidade, gerar mais velocidade na pernada, mais potência e ao mesmo tempo não gastar tanta energia utilizando a nadadeira?
Exercícios dinâmicos, bem como alongamentos, atuam como peças-chave nessa questão. Portanto, se você quer ter uma pernada mais eficiente ou se você já tem uma boa pernada, mas quer melhorar a sua mobilidade por outras razões, assista ao vídeo abaixo. Selecionei exercícios que, se bem executados e com frequência, certamente trarão resultados positivos e melhora dentro d’água.
No mais, lembre-se que a nadadeira é um equipamento fundamental para ter performance e segurança, tanto no bodysurf como no handsurf. Isso porque facilita principalmente o deslocamento no mar e naturalmente contribui em diferentes momentos no mar. E para fluir com mais velocidade na parede da onda, completar um tubo e realizar manobras você precisa estar com a pernada em dia. Então treine o seu corpo fora d’água e procure evoluir em terra, assim você será capaz de transferir os ganhos para o mar!
Aloha
Letícia Parada
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Letícia Parada possui licenciatura e bacharelado em Educação Física e Esporte (CREF 129982-G/SP).