Super Aito adiado devido a forte ondulação
Os organizadores do Super Aito, que aconteceria neste sábado (02) no Taiti, adiam realização da prova por ... leia mais
Shell Va’a, a famosa equipe da concha amarela, mais uma vez mostrou sua força ao vencer de forma impressionante a segunda edição da Vodafone Channel Race.
A competição de V6, considerada a mais dura do mundo, foi realizada no último sábado, 19 de junho, nas águas da Polinésia Francesa.
Liderando a disputa do início ao fim, a equipe comandada e treinada por David Tepava completou a corrida de 85 km entre Taaone, Pointe Vénus, Temae, Taapuna e o retorno à praia de Taaone, em pouco mais de seis horas.
Não bastasse a distância de 85 km e a forte corrente oceânica, os competidores da Vodafone Channel Race ainda tiveram que lidar com momentos de forte chuva e vento leste-nordeste, atingindo as canoas na lateral durante boa parte da prova.
Mesmo assim, a famosa V6 amarela, conduzida por Ritchy Labbeyi, Charles Teinauri, Taaroa Dubois, Narai Atger, Brice Punuataahitua e David Tepava ao leme, assumiu a liderança desde a largada, em Taaone, no Taiti, e se manteve assim por toda a prova.
Atrás da equipe das conchas, um pelotão liderado em particular pelas equipes OPT, Manihi Va’a e Paddling Connection.
Enquanto isso, a Shell Va’a na liderança, aumentava sua distância das demais equipes de maneira impressionante.
No entanto, na altura de Pointe Vénus, ainda costeando a ilha do Taiti, a diferença entre a Shell Va’a e o pelotão de elite diminuiu para pouco mais de um minuto. Diferença essa que iria aumentar a partir do momento em que as equipes começaram a travessia do canal rumo à ilha de Moorea.
Nas ondulações do canal, mais uma vez a Shell Va’a demonstrou sua extraordinária habilidade de surfe, valendo-se das vagas oceânicas para “voar baixo” em direção a Temae Point.
“Quando começamos a surfar, a tática era claramente aumentar a diferença sobre os outros. E quando você tem David Tepava como leme, é uma alegria remar nessas condições”, disse Charles Teinauri, durante entrevista ao vivo, após concluir prova.
Nesse ritmo, após mais de três horas de esforço, Shell Va’a completou a primeira metade da disputa.
A equipe OPT assumiu a segunda colocação, com quase cinco minutos de diferença e seguida de perto por Manihi Va’a, Pirae Va’a, Hinaraurea e Paddling Connection.
Na volta para a ilha do Taiti, a maioria das equipes realizou a troca de remadores (no caso da Sênior / Elite, eram permitidas no máximo três trocas).
Mas a Shell Va’a, contudo, só realizou duas trocas. A terceira e última só seria feita quando restavam apenas cinco quilômetros.
Albert Moux, 76 anos e presidente do clube, foi homenageado pelos remadores e recebeu o convite para entrar na canoa na reta final da prova, e assim, com um convidado de honra à bordo, a lendária equipe das conchas cruzou a linha de chegada após 6:07:29 de prova.
“Não é uma corrida fácil. Trabalhamos duro todos os dias no treinamento para chegar a este nível“, disse David Tepava após a corrida.
E se a Shell Va’a parece ter disputado uma “prova paralela”, as equipes do pelotão de elite travaram uma emocionante batalha pela segunda colocação, com as equipes OPT, Paddling Connection, Pirae Va’a e Manihi Va’a levantando a torcida na reta final da prova.
Porém, a Manihi Va’a, com reforços de peso como Paia Tamaitiatahio e Manutea Millon em seu time, foi quem levou a melhor sobre seus concorrentes.
“Estávamos em quinto lugar até a altura de Taapuna. Os caras estavam se sentindo um pouco tristes, mas eu disse a eles que a corrida ainda era longa e que ainda podíamos ficar em segundo lugar“, disse Teraitua Hugon, técnico e presidente da Manihi Va’a, vice-campeã da prova.
Atrás de Manihi Va’a, a Paddling Connection completou o pódio desta terceira edição da Vodafone Channel Race na terceira colocação.
Os três primeiros colocados receberam 30.000, 20.000 e 10.000 francos polinésios (Fcfp), o equivalente a 15.000, 10.000 e 5.000, em reais brasileiros, respectivamente.